Carga de energia no SIN cresce 5,1% em março de 2024
06/05/2024
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Segundo cálculo da Agência Internacional para as Energias Renováveis (Irena, na sigla em inglês), o Brasil já possui 10% dos empregos “verdes” no mundo, sobretudo via geração hidrelétrica e biocombustíveis. A expansão desse mercado, especialmente centrado nas energias renováveis, poderá gerar mais dois milhões de vagas nos próximos cinco anos. Os dados são parte do estudo “Plano Nordeste Potência”, realizado por Centro Brasil no Clima, Fundo Casa Socioambiental, Grupo Ambientalista da Bahia e Instituto Clima Info.
Para chegar a esse número, levou-se em consideração futuros investimentos na área, como a construção de parques eólicos e usinas solares, que indicam uma aceleração ainda maior no ritmo de abertura de vagas em renováveis no país. Ainda de acordo com o levantamento, 13% das vagas serão para ensino superior; a maior parte, 50% das vagas, será para ensino técnico; os outros 37% não devem requerer qualificação específica.
“Essa expansão do mercado de energia mostra o grande potencial do setor na geração de postos de trabalho, o que faz ser possível criar postos não somente direcionados a profissionais com formação específica, técnica ou superior”, explica o diretor de Experiência e Pessoas da Juntos Energia, Vitor de Mesquita. A empresa, que é pioneira no país em tecnologia de energia limpa compartilhada, tem como projeção triplicar os postos de trabalho durante o ano de 2023.
Contudo, mesmo com esta amplitude, há insuficiência de formação técnica para novos entrantes no mercado de trabalho do setor, segundo o Instituto Clima Info – organização sem fins lucrativos voltada para estudos sobre mudanças climáticas –, juntamente com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), e a Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias (Abeeólica). As entidades defendem parcerias entre governo, empresas e universidades para elevar a qualificação em renováveis. Isso impediria um possível “gargalo” futuro na expansão do mercado de trabalho do setor.
De acordo com dados da Absolar, no Brasil, a energia solar fotovoltaica acaba de atingir 23,9 GW de capacidade instalada, ultrapassando a energia eólica, que registra 23,8 GW. O grande impulso da fonte de energia gerada pelo sol vem sendo dado pela Geração Distribuída (GD).
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou a formação de uma secretaria de Transição Energética, que irá criar políticas de desenvolvimento e fomento de energia limpa. “Nossos recursos precisam ser explorados de forma oportuna, sustentável e racional, de modo que gerem em nosso povo e futuras gerações os melhores resultados possíveis”, disse o ministro para a Agência Brasil.
