Os caminhos da eólica offshore no Brasil e os primeiros passos do hidrogênio verde

No final de janeiro, o Governo publicou o Decreto Nº 10.946, que dispõe sobre a cessão de uso de espaços físicos e o aproveitamento dos recursos naturais no mar para a geração de energia elétrica a partir de empreendimentos offshore. Mais recentemente, no dia 9 de setembro, foram publicadas duas portarias de abertura de consulta pública sobre as diretrizes para Cessão de Uso de Área da Eólica Offshore e do Portal Único para Gestão do Uso de Áreas Offshore para Geração de Energia (PUG- offshore). Além disso, também está em tramitação no Congresso o PL Nº 576/2021.

Entendemos que estes são passos cruciais para que o Brasil possa iniciar seu caminho na implantação de parques eólicos offshore com segurança para o investidor, governo e sociedade. As portarias abrem importante espaço para discutir regras e prazos necessários para que as empresas possam fazer seus planejamentos de investimentos com segurança e de forma adequada e organizada. A ABEEólica entende que tais detalhamentos técnicos e regulatórios são imprescindíveis para que exista segurança para o investidor, governo e sociedade. 

O Portal Único Offshore, por exemplo, é um ponto importantíssimo para o setor, já que trará dinamismo, organização e vai permitir um acompanhamento transparente do complexo processo de instalação de uma eólica offshore. É necessário sempre reforçar que a eólica offshore tem uma complexidade de órgãos envolvidos maior do que em um projeto Onshore e ter a segurança de informações organizadas de forma concentrada num único portal vai dar mais segurança para todo o processo e tal segurança é fundamental, para que tanto empresas como sociedade e governo saibam quais são os critérios técnicos, exigências, obrigatoriedades de estudos e os órgãos que responderão e serão responsáveis por analisar, aprovar e formalizar o avanço de cada etapa dos projetos.

O que já se sabe é que o apetite do investidor e nosso potencial são enormes. Já temos mais de 60 projetos e mais de 160 GW de projetos em análise no IBAMA. O Brasil tem um dos melhores ventos do mundo para energia eólica Onshore. Quando falamos de offshore o que vemos é um potencial enorme, mais de 700 GW. A energia eólica brasileira deve desempenhar no Brasil, nos próximos anos, não apenas o papel de gerar eletricidade e contribuir para que o País tenha uma matriz elétrica cada vez mais renovável, mas também o papel de fabricação de hidrogênio verde. Já temos anunciada a primeira fábrica de hidrogênio verde no Brasil para 2023 com utilização de energia eólica. São estes os passos que enxergo como uma possível revolução, uma transformação energética eficiente e real que vai contribuir para que possamos deixar um planeta mais sustentável para as próximas gerações.

Autora:

Por Elbia Gannoum, presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica).

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