ONS: perspectivas de Energia Natural Afluente apresentam redução

O boletim do Programa Mensal de Operação (PMO), referente à semana operativa entre os dias 13 e 19 de janeiro, indicam que a Energia Natural Afluente (ENA) segue abaixo da média do período tipicamente úmido. A revisão atual estima queda em todos os subsistemas considerando as perspectivas divulgadas para o final do primeiro mês do ano.

O subsistema Sul deve registrar o percentual mais elevado, com 97% da Média de Longo Termo (MLT), quando, na semana anterior, se esperava 114% da MLT no último dia de janeiro. Para as demais regiões, a ENA deve chegar aos seguintes patamares: Norte, 73%, com previsão anterior de 75% da MLT; Sudeste/Centro-Oeste, 66%, ante 70% da MLT, e o Nordeste, 41%, ante 52%, da MLT.

Na última reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), realizada na semana passada, foram discutidas ações para a maximização de recursos para o atendimento à ponta do Sistema Interligado Nacional (SIN) para o atual cenário de hidrologia no Norte do Brasil. A região mantém um cenário de poucas chuvas desde o final de 2023, em razão do fenômeno El Nino.

Os estudos prospectivos apresentados pelo ONS demonstram, para uma coincidência de carga elevada e baixa geração nas usinas eólicas, a necessidade de acionamento de recursos termelétricos para manutenção dos critérios de confiabilidade no atendimento, no período de carga líquida mais elevada (final da tarde e início da noite).

A perspectiva para os níveis de Energia Armazenada (EAR) é de estabilidade: todos os subsistemas deverão encerrar janeiro de 2024 em patamares superiores a 50%. A maior EAR projetada segue a da região Sul (69%). Em seguida, estão o Norte (65,1%), o Sudeste/Centro-Oeste (63,4%), e o Nordeste (53%).

Em relação aos cenários prospectivos, os estudos apontam para um ritmo de crescimento menos acelerado da demanda de carga, ante a previsão inicial para janeiro, tanto para o SIN, como para todos os subsistemas. Para o SIN, o avanço deve ser de 10,7% (82.610 MWmed). A expansão mais elevada é projetada para o subsistema Norte, com 12,4% (7.312 MWmed); seguido pelo Sudeste/Centro-Oeste, com 11,9% (47.045 MWmed); o Nordeste, com 10,4% (13.409 MWmed); e o Sul, com 6,5% (14.844 MWmed). Os números são comparações entre os possíveis resultados de janeiro de 2024 e o mesmo mês de 2023.

Já o Custo Marginal de Operação (CMO) continua em zero em todos os subsistemas, como observado há mais de um ano.

Clique aqui para conferir o relatório na íntegra.

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