Cada dia mais presente na realidade dos grandes centros urbanos, o compartilhamento de veículos por meio de aplicativos segue na esteira do crescimento do setor de mercado elétrico que, segundo apontamento realizado pela Liga Insights Mobilidade, até 2030, este ecossistema terá um crescimento de 75% para o mercado global, atingindo o valor de US$ 26,6 trilhões.
Com isso, as motos elétricas também mostram que chegaram para ficar. No ano passado, as vendas de motos e scooters elétricos tiveram um forte crescimento, acumulando um aumento de 346%, de acordo com o balanço mensal divulgado pela Fenabrave.
Ao observar esse dado e essa mudança de cenário, nota-se a necessidade de aumentar o conhecimento do público para o serviço de compartilhamento de motos elétricas, assim como o realizado com o de carros, a nano locação. Percebe-se que o investimento no compartilhamento dos modelos elétricos traz, além da experimentação, uma sugestão para influenciar positivamente o processo de compra e geração de receita para as montadoras.
Diferentemente de um automóvel, que deve ser plugado em um eletroposto para ser carregado, motos e scooters elétricos podem ter baterias removíveis, tornando, assim, o carregamento mais simples, já que, basta trocar as baterias em uma estação. É recarga completa em segundos, e não minutos ou horas. A Honda, por exemplo, já possui um sistema assim no Japão, e, também, em testes no Brasil. Na China e em Dubai é comum ver lockers de baterias em pontos públicos e privados como supermercados e postos de combustível.
“Minha aposta é que, em pouco tempo, motos elétricas e compartilhadas sejam a maioria rodando pela cidade de São Paulo e nos demais centros urbanos do país, até porque é o que se espera do nosso ecossistema de mobilidade, investimento no desenvolvimento de modelos menos poluentes, logo, a locomoção por elétricos, ganha força no exterior e no Brasil”, destaca Guilherme Cavalcante, CEO e fundador do aplicativo UCorp, plataforma de gestão de frotas corporativas.
Cavalcante ressalta também a questão custo benefício, pois hoje os veículos à combustão possuem um valor mais em conta do que motos e carros elétricos. “Porém no caso de um motociclista que escolhe uma moto elétrica, a economia é gigante, já que, cada R$ 8 de gasolina é o equivalente ao número que quilômetros que se pode percorrer com só R$ 1 de energia elétrica”, informa.
O especialista enfatiza que é inevitável a adesão maior das pessoas no setor de eletrificados, especialmente o de motocicletas e scooters , o que torna o investimento em tecnologia, infraestrutura e incentivos governamentais e regulação mais urgentes no país.