A desenvolvedora australiana de energia verde renovável Fortescue Future Industries (FFI) e o braço global de energia renovável da Enel, Enel Green Power S.p.A. (EGP), anunciaram nesta sexta-feira (4) que farão parceria para explorar o co-desenvolvimento da cadeia de valor do hidrogênio verde, com foco inicial na América Latina e Austrália.
As empresas compartilham uma visão comum sobre o papel fundamental do hidrogênio verde para descarbonizar setores de difícil redução, como fertilizantes e outros produtos químicos, além da fabricação de aço, transporte e aviação – onde o hidrogênio é usado como matéria-prima ou para gerar calor de alta temperatura, e onde a redução das emissões de CO2 com eletrificação não é possível ou é mais complexa.
Uma das metas da colaboração entre as companhias será tornar o hidrogênio verde competitivo em termos de custos em relação a alternativas baseadas em combustíveis fósseis durante esta década. A parceria representa um marco importante para as instituições, que buscam trazer ainda mais locais de produção em larga escala de hidrogênio verde e amônia verde para a América Latina, bem como para a Austrália.
Hidrogênio verde e a descarbonização
O hidrogênio verde é o único tipo sustentável de hidrogênio, pois não emite CO2 durante o processo geral de produção, ao contrário do hidrogênio baseado em combustível fóssil. É uma solução prática e implementável que pode ajudar a revolucionar o setor de energia, ajudando a descarbonizar a indústria pesada e a criar empregos globalmente. A amônia, que é um composto à base de hidrogênio, pode ser usada para transportar e armazenar hidrogênio de forma mais eficaz, reduzindo os volumes necessários. É uma das matérias-primas químicas mais comuns usadas para produzir fertilizantes. A amônia verde pode ser usada para descarbonizar as indústrias de fertilizantes e transporte.