Edificações consomem 51% da eletricidade do país e têm maior potencial de eficiência energética

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) acaba de publicar o Atlas da Eficiência Energética Brasil 2021. O documento tem o objetivo de monitorar o progresso da eficiência energética no Brasil através de uma análise de indicadores. 

O estudo traz indicadores sobre uso eficiente da energia elétrica em edificações e nos setores residencial, serviços, industrial e transportes.  Esta edição traz um capítulo especial sobre o transporte rodoviário de cargas e a comparação do caso brasileiro com alguns países selecionados.

As edificações consomem 51% da eletricidade do país e por ter um grande consumo de eletricidade é nesse segmento que está o maior potencial de eficiência energética. O Procel estima que o Selo Procel Edificações evitou um consumo de energia de cerca de 29,25 GWh nas edificações construídas entre 2015 e 2020 (Procel, 2021).

No tocante ao setor residencial, percebe-se uma redução do consumo das biomassas tradicionais (lenha e carvão) na cocção de alimentos, em função da melhoria das condições econômicas das famílias principalmente entre 2005-2014. A participação da lenha na cocção de alimentos aumentou em 2020 em relação a 2015 em função do momento adverso, substituindo o GLP nas habitações mais carentes. 

Já o setor industrial foi fortemente impactado pela redução da atividade econômica industrial especialmente em 2020 devido às restrições impostas pela pandemia. Entre 2015 e 2020, as principais fontes da indústria que se destacaram foram: bagaço de cana, eletricidade e outras renováveis. Em 2020, a redução do consumo de fontes como o gás natural, as outras não renováveis e o óleo combustível retrataram o elevado nível de ociosidade de diversos segmentos industriais.

Com relação ao transporte, foi averiguado o crescimento da participação do GNV e do etanol hidratado como fontes energéticas na matriz de transporte rodoviário. Ambos têm um consumo específico maior do que os veículos a gasolina e por isso limitaram os ganhos de eficiência do setor.

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