Boletim mostra avanço das renováveis na matriz energética em 2022

O Ministério de Minas e Energia (MME) publicou, nesta semana, o Boletim Mensal de Energia referente a dezembro de 2022. A publicação indica um aumento de mais de 16% na oferta de energia hidráulica em 2022 com relação ao ano anterior. Outro destaque relacionado à geração de energia elétrica foi o forte aumento da solar fotovoltaica, com crescimento de mais de 78%, e da eólica, com avanço de mais de 12%.

No mesmo período foi verificada uma grande queda na geração térmica a carvão mineral e a gás natural no ano, de mais de 50%, em cada.  Com isso, os dados mostram que houve um importante avanço no índice de renovação das matrizes do país.

É relevante ressaltar que a matriz elétrica contabiliza não só a Geração Centralizada, mas também Geração Distribuída (GD), Autoprodução de Energia (APE) e Sistemas Isolados. Quando considerada apenas a geração centralizada, a renovabilidade pode alcançar mais de 90%.

A figura abaixo demonstra a participação da geração hidráulica e das térmicas (todas as fontes) no Sistema Interligado Nacional (SIN) nos últimos dois anos.

Carga e geração hidráulica e térmica no SIN.

O boletim estima um aumento de três (3) pontos percentuais (p.p) na renovabilidade da matriz energética, indo de 44,7% em 2021 para 47,7% em 2022, enquanto na matriz elétrica a participação deve atingir mais de 87%.

Em 2021, esse percentual era de 78,1%. Sobre o Consumo Final de Energia, estima-se um crescimento de 2,6%. Já para a oferta Interna de Energia Elétrica, a expectativa é de um crescimento de cerca de 3%. Os dados ainda serão consolidados no Balanço Energético Nacional, previsto para ser divulgado no final do primeiro semestre de 2023.

A produção de petróleo e gás natural também foi destaque ao longo do ano, atingindo novos recordes graças ao aumento da produção no pré-sal, que tem crescido a uma taxa maior que a redução na produção do pós-sal.

Estimativas de preços

Apesar das incertezas e variações recentes na cadeia energética global, os preços de combustíveis e eletricidade seguiram a tendência de queda apresentada ao longo dos últimos meses de 2022 em relação a 2021. Segundo este Boletim Mensal de Energia, a gasolina C e o etanol hidratado, por exemplo, caíram, respectivamente, 25,5% e 25,3%. As tarifas de eletricidade baixaram 20,0% para o setor residencial, 18,9% para o setor comercial e 19,5%, para o setor industrial.

As quedas são efeito da Lei Complementar nº 194/2022, que definiu combustíveis, gás natural e energia elétrica, como alguns dos bens e serviços essenciais e indispensáveis, para fins de incidência de imposto. No acumulado do ano em relação a 2021, os preços subiram 5,7% para a gasolina e 2,0% para o etanol. Enquanto isso, as tarifas de energia tiveram queda de 2,4% no setor residencial e alta de 0,6% e 0,8%, no comercial e industrial, respectivamente.

O Boletim Mensal de Energia é um produto do Departamento de Informações e Estudos Energéticos (DIE), da Secretaria de Planejamento e Transição Energética do Ministério de Minas e Energia (MME).

Acesse aqui o site do Boletim.

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