BEN 2021: crescimento da oferta interna e queda das renováveis na matriz energética

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), publicou, no fim do mês de maio, a nova edição do relatório síntese do Balanço Energético Nacional (BEN), destacando as principais variações de 2021 em relação a 2020.

Elaborado anualmente, o documento constitui fonte oficial de dados e informações sobre a matriz energética brasileira, tratando-se da principal base para monitoramento do setor e das políticas de energia.

Confira os destaques do relatório:

Crescimento da oferta interna e efeitos da crise hídrica

Verificou-se, no caso da energia elétrica, um crescimento na oferta interna de 25,7 TWh (+3,9%) em relação a 2020, totalizando 679,2 TWh. O principal destaque foi o avanço da geração à base de gás natural (+46,2%), fonte acionada para compensar os efeitos da severa escassez hídrica atravessada em 2021. Nesse contexto, a oferta de geração hidráulica reduziu 8,5%, acompanhando a queda na importação (-6,5%), cuja principal origem é Itaipu.

Queda da participação de renováveis na matriz energética 

A participação de renováveis na matriz energética foi marcada pela queda da oferta de energia hidráulica e da biomassa da cana-de-açúcar, associada à escassez hídrica e ao acionamento das usinas termelétricas. Por outro lado, houve avanço estrutural de outras fontes renováveis, como eólica e solar.

Nesse contexto, a participação de renováveis na matriz energética foi de 44,7% do total, uma redução conjuntural em relação aos 48,5% de 2020, mas um avanço em relação aos 39,5% observados em 2014, ano também impactado pela escassez hídrica.

Do consumo total de energia em 2021, cerca de 20% se deram na forma de eletricidade. Especificamente sobre a matriz elétrica, as fontes renováveis representaram 78,1% do total, uma redução conjuntural em relação aos 83,8% de 2020, mas um avanço em relação aos 74,7% observados em 2014, ano também impactado pela escassez hídrica.

De acordo com calendário de publicações da EPE, o Relatório Final do BEN 2022 e sua versão interativa estão previstos para agosto.

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