As oportunidades da iluminação em 2024

Iniciando mais um ano e completando mais de seis meses de atuação em novos segmentos, me dou contada quantidade de oportunidades de inovação e iniciativas inovadoras no segmento de iluminação, especialmente na iluminação pública no Brasil. A promessa da tecnologia LED de revolucionar a maneira de iluminar as cidades ficou bastante restrita a uma tecnologia com uma eficácia superior e uma maior durabilidade dos componentes. Logo, existe um campo aberto para a inovação e busca de novas oportunidades no segmento, de diversas maneiras.

A reflexão aqui não é de um curto período, mas de mais de 10 anos de aplicação dos LEDs em iluminação e do desperdício do uso mais avançado de uma tecnologia que poderia ter diversas características a serem exploradas e fica restrita a limitações na maior parte das vezes em busca de valores baixos de investimento e uma contínua guerra de preços e concorrência desleal, tirando a possibilidade de um uso mais efetivo e consciente.

Os maiores problemas são conhecidos: adulteração de componentes; queimas precoces; falta de manutenções; regulamentos desatualizados; ausência de atualização técnica da certificação compulsória (quase seis anos); falta de fiscalização, dentre outros. Esses são alguns dos problemas que fazem agravar esta situação atual e falta de inovação por parte de grande parte dos envolvidos neste segmento. Mas devemos focar na oportunidade e solução e não nos problemas.

A evolução dessa tecnologia passa pela preocupação com a saúde e pelo cuidado com o meio ambiente, usando espectro controlado, que já é realidade no Chile. No caso brasileiro, é uma oportunidade aberta, para quem fizer disto um objetivo e uma marca de empresa que se preocupa com seus clientes. A questão não deve ser tratada como uma moda, um gosto por um tipo de luz, mas sim do ponto de vista científico e tecnológico. Neste mercado, a cultura da mudança e da melhoria contínua devem ser incentivadas, bem como é esperado que os fabricantes prezem pelas melhores práticas nacionais e internacionais, com o máximo possível de cuidado com os impactos ao meio ambiente e com a saúde das pessoas. Não é sustentável manter o padrão atual, que está ultrapassado, e os produtos, mesmo com LED, estão obsoletos ou não são aceitos em outros mercados.

Diante disso, a indústria tem a oportunidade de trazer inovação e buscar recursos que gerem os melhores resultados para a administração do negócio, permitindo a ampliação de investimentos em P&D e inovação. Não é mais possível admitir que a guerra de preços estimule a redução da qualidade e o uso
de componentes de baixo custo, impedindo o desenvolvimento de sistemas de melhor qualidade e durabilidade. As indústrias, nos últimos anos, fizeram investimentos para se moverem do local de origem para regiões que ofereçam benefícios fiscais, buscando sobreviver em um ambiente de concorrência desleal e uma guerra fiscal que acaba por arrecadar menos recursos, sem gerar benefícios a não ser um preço mais baixo, à custa de ineficiência logística e operacional. O investimento deveria ser no
aprimoramento da tecnologia, oferecendo melhores soluções aos usuários. O preço baixo é a sede imediatista de quem não planeja e faz a gestão de recursos de forma equivocada, que em geral, resulta
em consequências danosas à sociedade, que sustenta a iluminação pública, através do pagamento da COSIP.

As Parcerias Público Privadas (PPPs) de iluminação pública, não deveriam mais cair na fórmula de uma conta financeira, sustentada por uma eficiência técnica de redução do consumo de energia, que serve para gerar um contrato de longo prazo, sem inovação, que muitas vezes não dá nem a opção do uso da tecnologia de telegestão, que possibilitaria maior inovação na forma de controle da iluminação, resultando em economia e melhor custo-benefício. Ao mesmo tempo que há recursos financeiros para uma melhor prestação de serviço, os deságios colocam algumas PPPs no mesmo nível de contratos, resultando em maior ineficiência no uso dos recursos públicos.

Essas reflexões devem servir de aprendizado, com erros e acertos, para que possamos evoluir, nos próximos anos, no desenvolvimento e aprimoramento da qualidade da iluminação no Brasil. Para isto, é
preciso quebrar paradigmas para termos um desenvolvimento mais rápido e consistente, ao invés de repetirmos fórmulas ultrapassadas, que só beneficiam quem tem medo de inovar e impedem que novas
ideias se desenvolvam. A hora é de evoluir e de usarmos todo o potencial disponível que a tecnologia de iluminação nos oferece.

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