A dicotomia do Estado-Governo

Eleições parelhas e ganho da oposição, venceu a coligação com vocação para estatização e controle do Estado ao contrário da política que vinha sendo conduzida após a queda da presidente Dilma. Antes do anúncio dos nomes daqueles que irão dirigir o país, o nosso cofrinho já sofre com o olho gordo. Os legisladores que saem têm a incumbência de entregar ao governo que entra a chave e o direito de gastar mais do que se ganha, contrariando uma receita de sucesso consolidada pelos nossos avós (muitos nem cursaram o primeiro grau) de só gastar o que se tem para não faltar depois. Tudo porque na campanha eleitoral foi prometido além do que se poderia prometer e de ambos os lados. O lado que perdeu talvez soubesse de onde tirar os quase R$ 200 bi, mas não entregou a receita aos que venceram. Ao final sobra para os que efetivamente sustentam todos, os pagadores de impostos! Eu, você, seu vizinho, a Dona Maria e o Seu Manoel. Que assunto mais chato! Poderíamos estar falando da Copa do Mundo e da falta de liberdade das mulheres, onde o certame ocorreu, falar do Neymar, dos prazeres dos endinheirados e outras coisas mais legais.

Se o papo é futebol, vamos então falar que mesmo que governantes joguem pela direita ou pela esquerda, deveriam jogar pelo time e não para garantir sua titularidade e pelos bichos que virão após algumas vitórias. 

As questões de responsabilidade e planejamento não dos R$ 200 bi para livrar a cara das promessas, mas sobre as 200 milhões de pessoas que trabalham e carregam esse País nas costas dependem de decisões sólidas, serenas, estudadas e compiladas. Contas de padaria podemos fazer aqui mesmo nesse parágrafo: cada brasileiro está sendo convidado a contribuir com R$ 1.000 para uma promessa feita por outrem para pagar o peixe prometido, afinal de contas, política pública para a erradicação da pobreza passa por criação de empregos. Dá a vara, meu irmão!

O revanchismo traz polarização, entregar o jogo é traição, entrar em campo sem técnico e jogadores adequados é a certeza de derrota. O juiz pode até arranjar o resultado, mas o VAR verdadeiro vai mostrar que a vitória só é obtida pelos que não jogam só nas laterais, pelas extremidades do campo e que desejam suas vitórias com gols de placa em condições legais. 

Ainda dá tempo de arrumar o time e, fundamentalmente, as intenções! Boa sorte aos que chegam, juízo aos que saem! Respeito aos cofres e às nossas esperanças por dias melhores.

Autor:

Por José Starosta, diretor da Ação Engenharia e Instalações e presidente da Sociedade Brasileira de Qualidade da Energia Elétrica (SBQEE) [email protected]

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