Na última coluna, rendíamos nossas homenagens às meninas da famosa Rua General Câmara na nossa querida cidade de Santos (SP), isentando-as de responabilidades e, muito menos, de ser “seus filhos” a turma que se esconde em Brasília e que agora atrasa a nossa vida. Temos pela frente a FIEE, o CINASE, o CBQEE, o COBEE e tantas outras atividades deste nosso setor elétrico e ainda somos obrigados a ler e ouvir notícias sobre os ladrões de gravata.
A novidade do momento é a traição. Indignados, estes senhores sentem-se traídos pelos seus antigos comparsas e, na medida em que, um a um, estes sujeitos são enjaulados pela Polícia Federal, observamos com boa surpresa a economia tentar manter o rumo; apesar deles.
Temas importantes para a nação estão na agenda aguardando definição, mas a turma que compõe o congresso não tem credibilidade e nem isenção para fazer o trabalho de forma digna como mereceria. O que era pra ser uma reforma trabalhista e previdenciária deverá ser, pelo que tudo indica, mais uma troca de gentilezas, mantendo-se as benesses para todos os lados. Enquanto a sociedade organizada e produtiva carece de um campo livre para fazer negócios, tocando a bola e desenvolvendo o país, estes senhores buscam pelos seus objetivos lançando a bola aos seus pares em clara posição de impedimento, como o moleque da mala dos 500 mil correndo pela Rua Pamplona como o fazem os touros loucos na cidade de mesmo nome. Levanta a bandeira professor! Apita aí seu juiz! Impedido! Não! Foi penalty! O duro foi o presidente do time dizer que “a caravana passa”, esquecendo-se, contudo, de dizer o mais importante da história: “que os cães ladram”.
E assim segue o jogo e, a cada lance, uma nova cena. É fundamental e parece claro que o time da sociedade organizada se mantenha em campo avaliando cada movimentação e novas estratégias dos adversários, até que o cartão vermelho seja finalmente mostrado pra estes caras e que possamos jogar o nosso jogo: aquele que merecemos e para o qual fomos treinados!