Resiliência operacional de painéis elétricos: É possível melhorar?

Antes de mais nada, vale a pena explorar o significado do termo “resiliência”. Segundo o dicionário Oxford, trata-se fisicamente da propriedade que alguns corpos apresentam de retornar à forma original após terem sido submetidos a uma deformação elástica, ou seja, a capacidade de voltar ao estado normal, ou ainda a capacidade de se recobrar facilmente ou se adaptar à má sorte ou às mudanças.

Assim como falamos no artigo anterior, sobre a importância da utilização de materiais com alta resistência térmica para a segurança, eficiência e durabilidade dos sistemas elétricos, “boas práticas” também contribuem para que os painéis elétricos sejam resilientes, em caso de falhas externas a eles, mas que de alguma forma, tenha interação com o funcionamento de um painel elétrico, seja ele de baixa ou de média tensão. 

A seguir, listarei alguns cuidados cruciais para aumentar a resiliência bem como melhorar a confiabilidade dos painéis elétricos isolados a ar:

1 – Normas técnicas: a conformidade com normas técnicas e regulamentações é essencial para garantir a segurança e a confiabilidade do sistema. Com base na execução dos ensaios de tipo previstos nestas normas, é possível garantir a performance dos painéis sob condições adversas e diminuir sobremaneira os tempos de interrupção (MTTR – tempo médio para reparo).

2 – Condições ambientais: a umidade, temperatura, poeira e outros contaminantes podem afetar o desempenho dos componentes. A presença de umidade pode levar à corrosão e à formação de arco elétrico. Desta forma, manutenções preditivas e preventivas sustentam os painéis em boas condições, mitigando os riscos de falhas.

3 – Projeto e construção: o design adequado do painel, incluindo a disposição dos componentes e a ventilação, é fundamental para evitar superaquecimento e garantir a dissipação de calor. Estas condições são garantidas quando se adquire um painel certificado conforme a norma, pois obtém-se a performance desejada quando necessário.

4 – Qualidade dos materiais: a qualidade dos materiais utilizados na construção dos painéis, tais como isoladores, conectores, cabos, materiais elétricos, é crucial. Materiais de baixa qualidade podem resultar em falhas prematuras ou mesmo não ter o comportamento adequado em caso de falhas que exijam atuação dos painéis (curto-circuito ou sobrecargas).

5 – Instalação conforme normas técnicas: uma instalação inadequada pode resultar em problemas de conexão, mau funcionamento e até falhas catastróficas. Essas falhas exigem que os painéis elétricos executem sua função de proteção do sistema elétrico com maestria. Assim, instalações mal feitas são inaceitáveis. Além disso, a falta de manutenção regular pode levar ao acúmulo de sujeira, corrosão e desgaste dos componentes.

6 – Desgaste natural: com o tempo, os materiais e componentes podem se desgastar, o que pode afetar a confiabilidade do painel. Novamente impera a necessidade de manutenções periódicas!

Portanto, a utilização de painéis elétricos com certificação é fundamental, assim como instalações elétricas dentro dos requisitos normativos são mandatórias. Manutenção periódica completa o tripé da longevidade e da resiliência operacional das instalações elétricas, em especial dos painéis elétricos.


Sobre o autor:

Nunziante Graziano é engenheiro eletricista, mestre em redes e equipamentos, Ph.D. Em Business Administration e CEO do Grupo Gimi |[email protected]

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