Preço médio do PLD mantém-se no Norte e sobe nos outros Submercados

Submercado Sudeste/Centro-Oeste apresentou alta de 16%; já no Sul, aumento de 42%; no Nordeste, acréscimo de 17%

 

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) informa que o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), no cálculo para o período de 14 a 20 de março, permaneceu no piso no submercado Norte e aumentou nas demais regiões.

O preço médio do submercado Sudeste/Centro-Oeste subiu 16%, fixado em R$ 100,86/MWh. Para o Sul, o preço subiu 42% e ficou em R$ 224,12/MWh, enquanto o preço no Nordeste teve alta de 44%, fixado em R$ 98,97/MWh. O preço do Norte permaneceu no piso regulatório de R$39,68/MWh.

O principal fator responsável pelo aumento do preço do PLD foi a piora em relação a expectativa de afluências para as próximas semanas.

Os limites de intercâmbio de energia para os patamares de carga pesada e média foram atingidos para todas as regiões, mantendo o preço desacoplado entre todos os submercados.

Para a próxima semana, a expectativa é que a carga prevista do SIN recue cerca de 944 MWmédios. A queda foi verificada no Sudeste (- 859 MWmédios) e no Norte (- 85 MWmédios). No Sul e o no Nordeste, a previsão de carga manteve-se a mesma.

Para março, a expectativa é de que as afluências para o Sistema fiquem em 98% da Média de Longo Termo (MLT). As afluências dos submercados em relação à MLT foram de 104% no Sudeste, 28% no Sul, 108% no Nordeste e 94% no Norte.

Os níveis dos reservatórios do SIN ficaram cerca de 1.343 MWmédios acima do esperado. O aumento foi verificado no Nordeste (+1.187 MWmédios) e no Norte (+664 MWmédios). Já para os submercados submercado Sudeste (-408 MWmédios) e Sul (-100 MWmédios) os níveis estão mais baixos,

O fator de ajuste do MRE estimado para o mês de março de 2020 passou de 128,5% para 127,5.

Segundo decisão do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), a região Sul enfrenta baixas nos reservatórios por conta de chuvas em níveis muito inferiores às médias históricas. Diante disso, foram tomadas dentre algumas medidas o acionamento de termelétricas fora da ordem de mérito. Com isso, a previsão do ESS para março de 2020 está em R$ 400 milhões, sendo cerca de R$ 209 milhões referente a segurança energética, R$ 7,8 milhões de Unit Commitment e R$ 183 milhões referente a importação por segurança energética.

A análise detalhada do comportamento do PLD pode ser encontrada no boletim InfoPLD, divulgado semanalmente no site da CCEE.

 

Entenda o PLD

O PLD é o preço de referência do mercado de curto prazo, utilizado para precificar o que foi gerado e o que foi consumido de energia elétrica por todos os participantes do mercado (que operam no âmbito da CCEE).

A Câmara de Comercialização apura mensalmente o total de energia consumido pelos consumidores que compram no Ambiente de Comercialização Livre – ACL e pelos cativos do Ambiente de Contratação Regulado – ACR. Os contratos negociados no mercado livre, fechados entre o comprador e o vendedor (pelos geradores, comercializadores e consumidores livres e especiais) e pagos bilateralmente, também são registrados na CCEE. Por sua vez, no mercado cativo os contratos são fechados em leilões regulados pelo governo, informações também registradas pela CCEE. Caso haja mais consumo ou geração do que os montantes contratuais registrados, essas diferenças são liquidadas mensalmente no mercado spot (à vista ou de curto prazo, como também é conhecido). Todos os devedores (subcontratados) pagam em igual proporção para os credores (sobre contratados).

O valor utilizado para este acerto é o Preço da Liquidação das Diferenças – PLD que é calculado semanalmente pela CCEE e, com base na Resolução Normativa da ANEEL nº 858/19, de 7 de outubro de 2019 – tem valor teto de R$ 556,58/MWh e piso de R$ 35,97/MWh, vigentes a partir da primeira semana operacional de janeiro/2020.

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