Por que o medo?

Ao medo irracional de raios e trovões denomina-se astrofobia.  Segundo pesquisas da Organização Mundial de Saúde (OMS), a astrofobia afeta aproximadamente 5% da população mundial.

Segundo referências do escritor romano Gaio Suetônio, o imperador Augusto César tinha medo dos raios e trovões. Os amigos da cantora Madonna garantem que, embora a mesma tente ocultar, ela sofre certo grau de astrofobia. Relatos da biografia do escritor Ernest Hemingway dão conta que o mesmo dormiu durante anos com a luz acesa por ter medo da escuridão, das tempestades e de trovoadas.

Eis a seguir, o testemunho de uma pessoa com astrofobia:

“… Sofro de síndrome de pânico, mais precisamente de astrofobia, sentimento de pavor aos trovões e relâmpagos. O medo está enraizado em mim, ocupa um lugar de destaque em minhas fraquezas. Não há como imaginá-lo e ainda que alguém tente com o único intuito de me ajudar, jamais chegará perto em sua imaginação. Hoje, ao escrever sobre o que me acomete, sinto-me apática, sinto que ele está muito acima do seu nível normal, acho que por isso é denominado pânico. Basta um clarão no céu e todo o meu ser cai como num passe de mágica. Tremor, pavor, suor, descontrole e 46 anos de determinação e coragem, são transportados aos 5 anos de idade com suas inseguranças e fragilidades. Meu corpo, meu eu, tudo vai ao chão. Poucas vezes sinto a compreensão no silêncio de quem está ao lado (quando há). Respeito? Não, seria exigir demais. Na maioria das vezes, as pessoas esboçam sorrisos pela infantilidade que meu comportamento expõe. Geralmente vomitam inúmeros conselhos e lições, pareceres e explicações. Falam de “Coisas da Natureza”, “Pára-Raios”, “Nuvens negativas, positivas” etc., como se conselhos, palavras, afirmações, fossem o suficiente para me livrar da crise, do transe, como se ao ouvir eu ingerisse quilos de coragem, como se a presença deles me trouxesse a cura. Não sei em que parte de minha história isso começou, sei que já são exatos 16 anos travando uma luta do prazer pela vida contra o desprazer dos momentos chuvosos….”

Para encontrarmos a verdadeira origem de uma fobia, teríamos de procurá-la na infância. Segundo os psicólogos, é nesse período que ocorrem todos os conflitos que irão modelar o comportamento e a estrutura do adulto.

Quem nunca levou um susto com o barulho de um trovão? Para a maioria das pessoas, raio, relâmpago ou trovão são termos de mesmo significado, mas existem diferenças entre eles:

  • raios ou descargas atmosféricas são as descargas elétricas que acontecem dentro da mesma nuvem, entre as nuvens, ou entre a(s) nuven(s) e a terra;
  • relâmpago é o clarão (luz) resultante das descargas atmosféricas;
  • trovão é o resultado da expansão do ar no entorno do canal do raio. Quando acontece o raio, a corrente elétrica existente desprende uma grande quantidade de energia aquecendo o ar ao seu redor de forma extremamente rápida. Normalmente, quando se aquece algo, ocorre dilatação, então, esse aquecimento muito rápido em volta do raio provoca um grande e rápido deslocamento do ar, por isso temos esse barulho conhecido como trovão. É como se fosse um bater de palmas. Se você bater palmas bem lenta e calmamente elas serão pouco ouvidas, pois não deslocam o ar com a velocidade suficiente para se ouvir o barulho, mas se você aplaudir com força e velocidade, terá sempre uma salva de palmas ouvida a muitos metros. O barulho denominado trovão também pode ser associado ao barulho ouvido quando se estoura uma bexiga de aniversário. Só ouvimos o barulho porque o ar sai muito rápido da bola provocando um deslocamento de ar que, por sua vez, impulsiona as ondas sonoras que chegam aos nossos ouvidos.

Assim, não há por que ter medo do trovão, visto que o som é mais lento que a luz, então, se você está ouvindo o som proveniente de um raio é porque o mesmo já ocorreu, e você continua vivo…

Já para os raios e relâmpagos é prudente e extremamente recomendável que durante as tempestades você não fique em áreas abertas, abrigue-se em locais fechados e nunca, nunca fique embaixo de árvores ou próximo a postes. Os raios, com seus consequentes relâmpagos, têm maior probabilidade de incidência em pontos mais altos em relação ao plano de origem, que nesta situação é a terra. Caso você esteja em campo aberto, o melhor a fazer é ficar de cócoras (apoiado nos dois pés e com os joelhos bem dobrados, agachado, sentado sobre os próprios calcanhares), com os pés juntos.

Outro bom lugar para se abrigar dos raios é dentro de um automóvel com capota metálica (não conversível), isso mesmo, dentro daquela armadura de aço.  O carro funciona com um escudo, que produz uma blindagem, mantendo-o a salvo dos efeitos dos raios.

Astrofobia não é motivo de riso ou de chacota, na verdade, perturba a vida de milhares de pessoas em todo o mundo. Superar o medo do trovão é uma árdua tarefa que pode levar anos para se realizar.

Se você sofre desse distúrbio procure informar-se profundamente sobre esses fenômenos atmosféricos. Dessa maneira compreenderá melhor porque eles ocorrem e, principalmente, vai quebrar certos preconceitos e superstições. Através da compreensão é mais fácil perder o medo e obter a cura.

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