Onde foi parar o PVC?

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A versão 2005 da ABNT NBR 5419 contemplava em seu texto um tubo de PVC por condutor de descida do SPDA quando este fosse construído com cabo. Mesmo naquela edição, a utilização do tubo já não era obrigatória quando o condutor de descida era construído com fita ou barra metálica. Esse tubo deveria, prioritariamente, proteger os cabos de esforços mecânicos desde o nível do piso até uma altura que variava entre 2,5 m e 3 m.

A má interpretação do texto, somada à falta de cuidado no momento da instalação, transformou esse agente protetor em vilão. O tubo, na maioria das vezes, era instalado com a extremidade inferior rente ao piso e essa condição o transformava em um agente de cisalhamento, forçando o rompimento dos cabos de descida no ponto em que o mesmo penetra o solo. Além disso, ensaios com corrente impulsiva provaram que o tubo de PVC não promovia isolação elétrica efetiva e essa condição definitivamente decretou seu fim, uma vez que indivíduos sem essa informação tendem a pensar que estão protegidos de eventuais choques elétricos pelo PVC e assim poderiam ficar próximos e até tocar nas descidas durante as tempestades, o que não é verdade.

Analisando os fatos expostos, os especialistas da CE 64.10 retiraram a obrigatoriedade da instalação do tubo de PVC do texto da versão 2015 da ABNT NBR 5419.

Caso seja feita a opção pela instalação do PVC, manda a boa engenharia que o mesmo fique enterrado em algo como 0,5 m e seja fixado apropriadamente, no máximo, a cada metro, além de obrigatoriamente observarem todas as medidas para reduzir centelhamentos perigosos e tensões de toque naquele ponto.

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