O Estado, o governo, a sociedade, a educação e a cultura

Às vezes, estes temas parecem se confundir, mas eles têm significados diferentes. Enquanto o Estado é constituído pelas instituições, o governo é simplesmente uma destas instituições, as outras seriam os sistemas públicos de saúde, de educação, as forças armadas. Os poderes judiciário e legislativo também compõem o Estado. No governo presidencialista, o chefe de Estado e de governo são exercidos pela mesma instituição, a “Presidência da República”. O governo tem a função de administrar o Estado da forma como ele está constituído. A sociedade, sua educação e cultura são associadas ao conceito de nação. Nação Brasileira que sai da anestesia “pós-Copa” e observa o que os últimos governos têm feito pelo Estado. Um Estado que sangra, fruto de má gestões e atos fraudulentos. Mau preparo das equipes, corrupção, interesses mesquinhos e outros nos três poderes destruíram o Estado. Além das decisões de caráter duvidoso, outras simplesmente não são tomadas por razões antagônicas aos interesses políticos de quem deveria tomá-las; considere que um em cada quatro dos representantes eleitos na Assembleia Legislativa (poder legislativo) é funcionário público de carreira defendendo naturalmente seus interesses e de seus pares.

Nos últimos anos, além da roubalheira já amplamente reportada e documentada, também foi “para a conta da viúva” os débitos com a previdência, com a Petrobras, com a Eletrobras e até com a Telebrás, que, ressuscitada para o projeto do satélite, tomou R$ 2,8 bilhões dos cofres públicos para resultados abaixo dos esperados e projetados. Mais recentemente, até a Caixa Econômica Federal também precisou de injeção de capital. Além da família “Brás”, as agências de regulação e controle têm dificuldades para fazer o que tem que ser feito. É o caso da escandalosa situação das empresas de seguro saúde, que têm a função de cobrir a inoperância e incompetência do SUS. Alguém tentou nestes meses contratar ou recontratar seguro saúde? O que acharam? E os reajustes das contas de energia teriam relação com desajustes passados, ou seria somente o efeito do esvaziamento de nossas represas?

O debate na sociedade esclarecida e organizada que vislumbra as eleições que se avizinham para o novo governo está polarizado entre público e o privado, entre direita e a esquerda, tolerância ou ignorância, cadeia ou liberdade. Será que pelo simples fato de alguma coisa ser pública, seria também corrupta e ineficiente? A resposta será “sim” se as equipes que a comporem e as fiscalizarem também o forem. Será que não existem empresas privadas que possam desempenhar um bom papel, com custos e qualidade adequadas? A resposta tem a mesma conceituação da anterior. Parece claro que o que não funciona é o atual sistema de governo para a gestão do Estado, este modelo sim é que está obsoleto. Falta coragem, coragem de homens idealistas como Bento Gonçalves, de Garibaldi, de Martins, Miragaia, Dráuzio e Camargo. Não com revolução armada, mas revolução de ideias, de mudanças estruturais e de conceitos, sem fanatismos nem paixões cegas e exageradas, com um senão: deste debate só devem participar pessoas de bem e comprometidas com a verdade. Difícil? Talvez; dependerá de nossa vontade e empenho em construir um país livre de fato.

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