Investimento em renováveis não aumenta custos e nem afeta competitividade do setor elétrico no Brasil, diz estudo

O Instituto Escolhas lançou o estudo “Quais os reais custos e benefícios das fontes de geração elétrica no Brasil?”, no mês de outubro, apontando que a expansão de fontes renováveis não aumentaria custos ou afetaria competitividade do setor elétrico no Brasil.

 Segundo a pesquisa, o Brasil, até 2026, pode aumentar a participação de renováveis em sua matriz elétrica sem que isso acarrete custos significativos para a operação do sistema elétrico, cumprindo assim as diretrizes do Plano Decenal de Energia 2026. Dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), apontaram que hoje mais de 80% da eletricidade usada no País é proveniente de fontes renováveis, porém em sua maior parte a hidráulica (68%).

Em 2035, o País pode aumentar em 68% a participação de energia eólica, solar e biomassa em sua matriz elétrica, em relação a previsão do PDE 2026, totalizando 44% da composição da matriz. Essa mudança pode ocorrer sem afetar a competitividade e a atratividade dos megawatt-hora (MWh) dessas fontes para os consumidores.

Os MWh das novas renováveis são bastante competitivos e atrativos ao consumidor, mesmo em cenários de sua maior penetração no sistema, o que indica haver ainda bastante espaço para estas fontes na matriz energética do País.

O estudo ainda mostra que o plano de expansão ideal para o sistema não deve necessariamente selecionar apenas a opção com o menor custo, pois nem todo MWh é economicamente igual. A pesquisa indicou o real custo de cada um deles para a sociedade e destaca que a melhor opção é a complementaridade entre as fontes de geração, que devem operar de forma conjunta.

A análise mostrou que as novas fontes renováveis são as que apresentam o menor custo de investimento e operação em relação às demais. Dentre as renováveis, a biomassa é a que possui o menor custo de infraestrutura.

Quando avaliados os serviços prestados pela fonte além da produção de energia propriamente dita, como modulação (capacidade de atender à demanda durante todo o ano) e robustez (capacidade de produzir energia acima do que foi planejado), a termelétrica é a fonte que se sai melhor. A hidrelétrica tem problemas com a sazonalidade e eólica e solar com a variabilidade na produção de energia. Entretanto, é também a termelétrica a fonte com o maior custo ambiental para a sociedade relativo às emissões de gases de efeito estufa.

Segundo o estudo, os subsídios são um componente dos custos de energia que potencialmente causam distorção na precificação das fontes. Hoje as fontes que mais recebem subsídios e isenções são solar, eólica e pequenas centrais hidroelétricas.

A conclusão da pesquisa é a necessidade fundamental de que os estudos de planejamento e o setor elétrico incorporem os custos e benefícios econômicos das fontes de geração para uma eficiente composição da matriz energética do País.

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