Espelho de chapa ou isolante? Qual o melhor?

É comum a seguinte pergunta dos leitores: “Em um quadro de baixa tensão acessível a pessoas não qualificadas e habilitadas, qual seria o melhor material para confecção da barreira de proteção contra contatos diretos e indiretos sobre os barramentos parciais de distribuição dentro do quadro?” Veja as fotos a seguir.

A primeira foto apresenta uma barreira construída com chapa de aço e com fechaduras que requerem o uso de ferramentas para abertura, constituindo uma boa barreira no que tange à NR 10. A segunda foto (à direita) apresenta um obstáculo isolante transparente, o que inegavelmente deixa o quadro mais belo, nos termos de hoje seria “clean”. Entretanto, algumas ressalvas eu me atreveria a colocar: a primeira é que o material isolante precisa ser submetido aos ensaios previstos na ABNT NBR IEC 60439-3, notadamente, o de resistência dos materiais isolantes ao calor, o de resistência dos materiais isolantes ao calor anormal e ao fogo e ensaio de proteção de pessoas contra efeitos elétricos perigosos. Tendo superado essas etapas de certificação, é necessário garantir que a retirada dessa proteção necessite de ferramentas especiais, não por porcas borboleta, como muitas vezes já encontrei, o que facilita a ação inadvertida de um operador não qualificado e habilitado de retirar a proteção e se expor ao risco que muitas vezes desconhece.

Retornando à primeira foto, a utilização de barreira em chapa de aço provê uma proteção eficaz contra efeitos elétricos perigosos, visto que a placa deve estar conectada à massa do quadro e, consequentemente, aterrada, além de ser por hipótese, um material não incandescente.

Entre as soluções apresentadas, a cada profissional cabe a escolha da tecnologia e da apresentação que mais lhe agrada, esteticamente falando, mas é necessário que, escolhido o material, sejam executados os ensaios de tipo previstos na referência normativa ABNT NBR IEC 60439-1/3. É importante ressaltar que o profissional que especifica, constrói, instala, mantém e opera quadros elétricos de baixa tensão, sendo qualificados e habilitados BA-4 e BA-5 pela NR 10, por consequência registrados no sistema Confea-Crea, tem responsabilidade pela escolha e pela manutenção das barreiras e obstáculos para atendimento aos requisitos de acesso inadvertido a pessoas comuns, reconhecidas como BA-1 pela NR 10, sob pena de responsabilização por acidente durante a operação e a manutenção desses quadros.

Particularmente, já presenciei muita negligência em quadros desse tipo. Conhecidos como “quadrinhos de luz”, é comum a sua aquisição sem certificação, às vezes, até montados em campo, negligenciando as responsabilidades e os ensaios compulsórios nestes aparelhos.

Bom, todos sabemos agora que esses quadrinhos também são TTA e devem ser adquiridos apenas de empresas que apresentem certificação, seja com barreiras em chapa de aço ou seja com barreiras isolantes.

Boa leitura!

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