Energy Show debate futuro do setor elétrico com foco em inovação e sustentabilidade

Por: Matheus de Paula

Revista O Setor Elétrico acompanhou os principais destaques do evento que reuniu especialistas do setor em Florianópolis

A 13ª edição do Energy Show, realizada em maio de 2025, em Florianópolis, reuniu especialistas, empresas, órgãos reguladores e representantes da academia para debater os rumos do setor de energia no Brasil e no mundo. Com mais de 20 horas de programação e 64 painelistas, o evento abordou tendências emergentes, desafios estruturais e caminhos para uma transição energética segura e sustentável.

A abertura oficial, no dia 19, marcou os 13 anos da Vertical Energia da ACATE, que organiza o evento desde sua criação. A sessão solene contou com autoridades que ressaltaram a conexão entre inovação e energia no enfrentamento das mudanças climáticas e na promoção de novos modelos de negócio.

Entre os dias 20 e 22 de maio, a agenda do evento apresentou 12 painéis em cinco trilhas de conteúdos, foram elas: Distribuição; Mobilidade Elétrica; Geração e Transmissão; Gás de Baixa Emissão; e, por fim, a trilha de Inovação Global, Operação de Sistemas Elétricos e Mercados de Eletricidade. Mais de 560 pessoas participaram da programação de forma presencial, enquanto a transmissão dos três dias de painéis pelo YouTube da ACATE teve cerca de 1.300 visualizações.

As discussões do Energy Show foram encerradas em um painel que conectou experiências do mercado de energia do Brasil e do mundo, sendo um dos painelistas Andy Philpott, professor da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia. O pesquisador internacional do segmento destacou que mercados de todo o mundo enfrentam problemas semelhantes no processo de descarbonização. Para a superação de desafios globais, lideranças de companhias de energia que passaram pelo palco do evento também ressaltaram oportunidades de internacionalização de soluções inovadoras e de colaboração entre empresas. 

As mudanças climáticas estiveram em foco em diferentes painéis e trilhas do evento. Os painelistas pontuaram que fenômenos severos afetam em nível nacional toda a cadeia de geração, transmissão e distribuição de energia. A presidente da ABRAPCH (Associação Brasileira de Pequenas Centrais Hidrelétricas e Centrais Geradoras Hidrelétricas), Alessandra Torres, defendeu que o setor precisa promover a mitigação de eventos extremos.

Soluções para a transição energética foram apresentadas durante o evento, por exemplo, por meio do incentivo à eletromobilidade e uso de gases de baixa emissão. Além disso, esteve em destaque o crescimento da geração de energia distribuída no contexto de popularização do acesso de consumidores a formas de produção de eletricidade como painéis solares. 

Para Siqueira Neto, CEO da PV Operation, a geração distribuída aponta para o futuro do setor de energia: “As fontes renováveis são importantes em razão da descentralização de grandes geradores termoelétricos e hidráulicos, além da adoção de tecnologias e desenvolvimento de empresas. É o futuro, não tem como seguir com uma lógica de fontes do passado”.

As transformações no mercado de energia proporcionadas pela evolução tecnológica provocam mudanças no comportamento dos consumidores e também na forma como as empresas se relacionam com seus clientes. Para Fernando Campos, gerente da Área de Arquitetura de Sistemas da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), as empresas de tecnologia tem um papel importante para alavancar novos negócios e serviços com foco nos usuários: “Estamos indo para um cenário de abertura de mercado, com desafios de novos clientes, casos de uso e negócios. É importante entregar produtos digitais que levem valor para os consumidores, abstraindo a complexidade do setor elétrico e com experiências digitais capazes de captar clientes”. 

Além dos negócios, o Energy Show também abordou temáticas relacionadas à regulação do setor de tecnologia, com a participação de órgãos como o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) e Aresc (Agência Reguladora de Serviços Públicos de Santa Catarina). Um dos principais debates foi em torno de curtailment no âmbito do setor elétrico, termo que se refere a medida adotada por reguladores para redução ou corte forçado da geração de energia. 

Entre outros players do segmento, o evento contou com a Celesc, como patrocinadora na categoria Diamante, e a Cemig, na categoria Platinum. Foram patrocinadores Ouro: BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul), Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de SC (CREA/SC), CTG Brasil, Engie, GE Vernova, Impact Hub Floripa, ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), SecuControl/A-Eberle, Statkraft e Tempo OK Meteorologia.

Entre os parceiros do Energy Show também está a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de SC (Fapesc), órgão do Governo do Estado de Santa Catarina que apoiou financeiramente o evento.

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