Energia solar: mais empregos na recuperação econômica do Brasil

*por Rodrigo Sauaia, Ronaldo Koloszuk e Leandro Martins

 

Desde meados de março, vários estados brasileiros começaram a anunciar planos de isolamento social para desacelerar o avanço da pandemia da Covid-19 que assola o País. Como resultado disso, teve início um amplo debate sobre os impactos econômicos das importantes medidas de saúde pública implementadas junto à sociedade brasileira. Em decorrência da pandemia, economistas projetam alta possibilidade de uma recessão econômica mundial e também no Brasil, com risco de forte aumento das taxas de desemprego.

Logo no início da implementação das medidas de isolamento social no Brasil, a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) lançou uma nova campanha, a “Solar Urgente”, para levar informação de qualidade ao mercado e ao setor em áreas estratégicas como trabalhista, tributária, financiamento e boas práticas de gestão, entre outras. Ao mesmo tempo, a entidade passou a intensificar a divulgação dos mecanismos de alívio disponibilizados pelos governos e pelo Congresso Nacional, justamente para auxiliar empresas que atuam no segmento.

A energia solar fotovoltaica é reconhecida como uma grande locomotiva de desenvolvimento econômico, social e ambiental, responsável por gerar uma imensa quantidade de empregos no mundo e agora também no Brasil. Estudos da Agência

Internacional de Energia Renovável (International Renewable Energy Agency – IRENA) mostram que a solar é a fonte renovável que mais gera empregos no planeta, sendo responsável por mais de um terço dos mais de 11 milhões de empregos renováveis do mundo. A cada novo megawatt (MW) instalado, o segmento agrega entre 25 e 30 novos empregos, com grande parte criada de forma local, nas regiões em que os sistemas solares fotovoltaicos são instalados.

Outro fator de destaque está na qualidade dos empregos solares: são profissionais de formação técnica e superior, com salários médios acima do patamar médio brasileiro, o que agrega mais renda e poder de compra para as famílias brasileiras, de Norte a Sul do Brasil, ativando as economias locais.

Mas mesmo em períodos de crise econômica, como o que vivemos atualmente, ainda é possível que o setor solar fotovoltaico mantenha seu protagonismo na geração de empregos para a sociedade. Primeiramente, os serviços de construção civil, aos quais a energia solar está atrelada, são considerados como “atividades essenciais” e não deverão parar durante o período de quarentena. Adicionalmente, grande parte das indústrias, clientes potenciais da energia solar fotovoltaica também não interromperam suas atividades. Mesmo com a desaceleração da economia, a energia elétrica continua sendo imprescindível, tanto para as pessoas, quanto para as empresas e governos. Isso faz com que os propulsores do mercado de energia solar não parem por completo.

Devido à longa vida útil e alta durabilidade dos seus equipamentos e sistemas, os benefícios trazidos pela energia solar fotovoltaica permanecem sólidos com o passar dos anos. Isso faz da tecnologia uma opção atrativa para investidores, inclusive no atual momento de recursos escassos, quando os consumidores, sejam pessoas ou empresas, estão pressionados a buscar formas efetivas de reduzir seus gastos mensais e aumentar sua competitividade.

Vale destacar também que o sistema fotovoltaico é hoje um dos melhores investimentos para empresas e cidadãos, já que traz um retorno muito acima do oferecido no próprio mercado financeiro. Como o juro real no Brasil está mais baixo, os consumidores têm uma excelente alternativa com o uso da energia solar.

Há no Brasil mais de 70 linhas de financiamento e mecanismos de garantia financeira para quem quer adquirir energia solar fotovoltaica, com taxas de juro a partir de 0,75% ao mês, o que viabiliza a instalação. Muitas vezes, a economia na conta de luz trazida pelo sistema solar já paga a parcela do financiamento e ainda libera recursos para as famílias, empresas, produtores rurais ou até governos.

Recentemente, a Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia e Consumidores Livres (Abrace) sinalizou que a conta de energia do consumidor pode ter um aumento de até 20% em decorrência do pacote anunciado pelo governo de socorro às companhias do setor elétrico na pandemia da COVID-19. Esta sobretaxa na conta de luz torna a fonte solar fotovoltaica ainda mais atrativa e competitiva.

Portanto, neste momento crítico da economia brasileira e mundial, a tecnologia solar fotovoltaica se tornou uma importante aliada, trazendo economia direta ao bolso dos brasileiros, aliviando o orçamento das empresas e dos governos, os protegendo contra aumentos anuais das tarifas e ainda ajudando o meio ambiente e a sustentabilidade.

Estes são alguns dos bons motivos que fazem com que o setor solar fotovoltaico ocupe uma posição destacada neste período mais crítico e repleto de incertezas que o mundo e o Brasil atravessam. A ABSOLAR e as empresas do setor continuarão trabalhando incessantemente para manter empregos, desenvolver tecnologias para atender novas demandas e levar energia limpa, renovável e barata para residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos.

 


Rodrigo Sauaia é presidente executivo da Absolar.

Ronaldo Koloszuk é presidente do Conselho de Administração da Absolar.

Leandro Martins é presidente e fundador da Ecori Energia Solar.

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