Eletrodo de aterramento de PDA

O que é um eletrodo de aterramento?

Algumas pessoas ainda estão presas a algumas nomenclaturas e têm dificuldade de entender. Á luz da Norma, o que é um eletrodo de aterramento?

Definição da Norma na parte 3:

“3.10 – Eletrodo de aterramento

Parte ou conjunto de partes do subsistema de aterramento capaz de realizar o contato elétrico direto com a terra e que dispersa a corrente da descarga atmosférica nesta”

 Tradução: material ou conjunto de materiais que atendam aos quesitos mínimos das tabelas desta Norma, em contato elétrico com o solo, e que ajuda a dispersar as correntes do raio no solo. Os materiais mais usados e mais facilmente encontrados no mercado são basicamente os cabos de cobre e as hastes de aterramento, não se limitando apenas a estes.

Resumindo: o eletrodo de aterramento do subsistema de aterramento pode ser composto de cabos e hastes. O cabo é um eletrodo horizontal, que a Norma chama de eletrodo não cravado e as hastes são eletrodos verticais, que a Norma chama de eletrodo cravado.

Reparem na tabela 7 que, além do cabo de cobre, existem outras opções, como cabo de aço cobreado, aço galvanizado a fogo e aço inox. O alumínio é proibido na tabela 5 para o subsistema de aterramento, veja a tabela 5.

Para o caso de serem usadas hastes de aterramento (arredondado maciço) deverão atender à Norma NBR 13571, hastes de aterramento (COPPERWELD) cobreadas com uma camada de cobre de 254 micras (alta camada) e diâmetro mínimo de 12,7 mm, sendo as hastes “comerciais” de baixa camada, proibidas. Caso seja usado o cabo cobreado, a seção mínima é de 70 mm2 e diâmetro de cada fio de 3,45 mm, com 254 micras de cobre também.

Como podem observar, o cabo de alumínio é proibido em contato com o solo, pois este se degrada muito rapidamente nesse ambiente, por isso também é proibido no reboco e no concreto.

Arranjo do eletrodo de aterramento

Na norma anterior, datada de 2005, eram permitidos 2 tipos de arranjo de aterramento.

  • O arranjo A (pontual)
    1. Este arranjo poderia ser constituído por uma haste de aterramento ou por um triângulo com cabos e hastes ou por um quadrado etc. Todos esses arranjos pontuais eram instalados próxima a cada descida do SPDA.
    2. Para se usar este tipo de arranjo era necessário atender a 2 quesitos: que a edificação tivesse um perímetro de, no máximo, 25 m e a resistividade do solo fosse no máximo 100 Ω.m, ou seja, para usar este arranjo é obrigatório ser realizada a prospecção do solo e estratificar este em camadas mostrando a sua resistividade e a profundidade de cada camada. Se a camada onde esse aterramento pontual iria ser instalado tivesse uma resistividade maior, ou se o perímetro da edificação for acima de 25 m, este arranjo não poderia ser usado.
    3. O que estava acontecendo na prática é que muitos projetos e instalações estavam sendo implantados sem atender a esses 2 quesitos exigidos pela Norma, de forma indiscriminada. Por esse motivo, na revisão da Norma, este arranjo foi retirado, mas também por entendermos que a resistividade de 100 Ω.m está fora da realidade da maioria dos solos brasileiros e porque este tipo de arranjo aumenta muito o risco para as pessoas e animais, devido ao aumento do risco de descarga lateral, tensão de passo e tensão de toque.

Continua na próxima edição…


*Eng. Normando V.B. Alves  é Diretor de Engenharia da Termotécnica

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