Distribuidoras terão de se reinventar para acompanhar mudanças no mercado de energia

Por Adriana Dorante

Edição: Cristiane Pinheiro


Energia limpa e tecnologias disruptivas
vão impulsionar novos caminhos de investimentos no setor

As tecnologias disruptivas – aquelas que provocam mudanças e avanços significativos, formando novas tendências, como descentralização dos sistemas de geração de energia, digitalização das redes de modo que a energia seja produzida, transmitida e consumida de maneira mais inteligente, mobilidade elétrica, entre outras – aliadas às fontes renováveis de energia estão remodelando o setor elétrico nacional.

Essa mudança já pode ser percebida pelas distribuidoras, que discutiram o tema no XXIII Sendi – Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica realizado pela primeira vez em Fortaleza, no Centro de Eventos do Ceará, entre os dias 20 e 23 de novembro. O evento foi organizado pela Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), sob a coordenação da Enel Distribuição Ceará.

Segundo Nelson Leite, presidente da Abradee, nos próximos anos, o mercado de distribuição passará por grandes emoções. Ele explica que o setor elétrico mundial atravessa fase de mudanças com as tecnologias disruptivas que vieram para ficar guiadas por três tendências com a letra D: descentralização, digitalização e descarbonização.

Na descentralização, o consumidor também é gerador de energia, com o poder de tomar decisão de consumo em tempo real. Pela parte das distribuidoras haverá uma remodelagem do uso das redes de distribuição elétrica que, atualmente, flui no sentido de geração – rede – consumidor. “A tendência é a utilização de recursos energéticos distribuídos, como geração distribuída, armazenamento distribuído, eficiência energética, entre outros”, destacou Leite.

Já a digitalização, segundo Leite, vai permitir o maior controle de dados em tempo real tanto para a distribuidora e comercializadoras, quanto para os consumidores. Compartilha da mesma opinião Roberto Gentil, coordenador da comissão técnica do Sendi e gestor de obras de alta tensão da Enel. Para ele, a bola da vez do setor de distribuição é a digitalização e a mobilidade elétrica. “Vejo as distribuidoras partindo para outros tipos de serviços. É preciso se reinventar. As empresas estão deixando o luxo da distribuição e passando para outros investimentos”, afirmou.

E por último, comentou Leite, na descarbonização, a substituição de termelétricas por fontes renováveis, com a descentralização e a digitalização, possibilitará a redução da modicidade tarifária.

“A partir do momento em que se dá mais poder ao consumidor, o mercado livre é ampliado e as distribuidoras terão de fazer a integração de tudo, mudando seu papel de operadora de rede apenas, para orquestradora de rede, controlando frequência e tensão de milhares de microgeradores distribuídos”, completou Leite.

Para Glauco Valério, secretário geral do Sendi e engenheiro responsável pela área de planejamento de obras da Enel Distribuição Ceará, a geração distribuída está transformando o setor, impulsionando a mobilidade elétrica e a digitalização com diversas fontes geradoras em locais não específicos. Para isso, as distribuidoras terão de se adequar com o aumento de potência e das redes para suportar essa geração.

“Estamos trabalhando para trazer uma cidade inteligente. Só assim teremos mais eficiência com mobilidade elétrica, geração distribuída e consumidores inteligentes”, contou.

Sendi 2018 inova e atrai cerca de 5 mil pessoas

Após mais de um ano de planejamento, o XXIII Sendi – Seminário Nacional de Distribuição de Energia foi, sem dúvidas, o maior de todos desde o seu início em 1962. Cerca de 5 mil pessoas passaram pelo evento organizado pela Abradee, sob a coordenação da Enel Distribuição Ceará, oferecendo novidades que surpreenderam e agradaram ao público.

 

Além dos trabalhos técnicos, que apresentaram tendências do segmento, como a digitalização, e-mobility, relação com os clientes e modelo regulatório, o Sendi contou com demonstração de carros elétricos, parcerias entre startups que apresentaram suas soluções inovadoras para as maiores distribuidoras do setor elétrico entre os intervalos das palestras técnicas (demoday), maratona de desenvolvimento de programação de rede (hackathon), com a participação de 200 eletricistas, e competição entre eletricistas e técnicos com o objetivo de promover boas práticas de segurança do trabalho e a inovação (o VII Rodeio Nacional de Eletricistas – Melhores Práticas).

Outra inovação foi a realização do XIV Seminário Jurídico integrado pela primeira vez ao evento, abordando importantes aspectos legais no setor de distribuição de energia, com oportunidade de networking e disseminação da literatura especializada no setor elétrico.

A plenária foi dividida em 14 salas, onde aconteceram as palestras técnicas, com transmissão única e com o uso da tecnologia via receptor RF ou smartphones (sistema arena silenciosa) para proporcionar a integração à feira de exposição, que contou com mais de 150 expositores nacionais e internacionais.

“Neste ano tivemos de aumentar o número de salas porque recebemos quase mil trabalhos técnicos para serem avaliados. Foram 972 trabalhos aprovados e desses 234 temas foram selecionados, além de 40 pôsteres, ou seja, tivemos 18 trabalhos por sala durante três dias”, explicou Gentil. A grandiosidade do evento atraiu também a participação de muitas universidades e empresas prestadoras de serviços.

Segundo Gentil, na área técnica foram recebidos 578 trabalhos, na área institucional, 172, comercial, 105 e inovação, 117. A seleção dos trabalhos passou por 300 avaliações de empresas do setor, além da aprovação do presidente e do público.

Já Leite destacou que o Sendi 2018 foi a maior edição já realizada. “A grande vantagem é que cada distribuidora que participa quer fazer sempre melhor. Estou muito satisfeito de ver o sucesso desse evento e o fato de conseguir tantos expositores indica que a economia brasileira está começando a reagir. Percebemos um certo otimismo do setor em relação ao futuro”, disse.

Nelson Leite, presidente da Abradee

 

Segundo Valério, a realização do evento foi um grande desafio. “Em junho de 2017 levamos 36 horas para formar uma equipe multidisciplinar na sede da Abradee e definimos o propósito do Sendi 2018 de fazer o melhor e o maior de todos os tempos”, destacou.

“Trabalhamos fortemente, principalmente na comercialização para trazer os patrocinadores para que o evento se tornasse atrativo para eles. Inovamos com as salas integradas à feira, quebrando as barreiras de parede e chamamos de arenas silenciosas com 14 palcos debatendo temas técnicos e inovadores ao mesmo tempo. Essa integração trouxe flexibilidade para quem assistiu as palestras. Quebramos paradigmas, um deles é não precisar estar estático para assistir às palestras”, complementou.

Segundo Osvaldo Ferrer, coordenador geral do Sendi e diretor institucional da Enel Ceará, os patrocinadores e expositores ficaram muito satisfeitos com esse modelo do Sendi. “Traçamos o desafio de fazer o melhor Sendi de todos os tempos. Queríamos deixar um legado e deu certo”, disse.

O evento contou também com a presença de empresas internacionais, principalmente do Canadá, Europa e América Latina.

Segundo Ferrer, o Sendi debateu quatro pilares importantes para o setor: mobilidade elétrica, regulação, digitalização e sustentabilidade. “A mobilidade elétrica e o uso do carro elétrico já são uma realidade e um novo modelo regulatório está sendo tratado para nos dizer como será o comportamento do setor”, explicou.

Panorama do mercado de distribuição de energia elétrica no Brasil

O Brasil tem 54 concessionárias de distribuição de energia, atendendo 82,5 milhões de consumidores, segundo dados da Abradee, ano base 2017. A receita bruta dessas empresas naquele ano totalizou R$ 243 bilhões, representando 3,7% de participação no Produto Interno Bruto  (PIB) e empregando 196,3 mil funcionários.

Os dados da Abradee também apontam que, a cada ano, ocorrem 1,8 milhão de novas ligações de energia pelas distribuidoras. A carga de energia elétrica gerada no mercado cativo e livre em 2017 totalizou 421,1 mil GWh, sendo 310,5 mil GWh gerada somente pelo mercado cativo.

Os investimentos das distribuidoras em 2017 foi de R$ 16,1 bilhões na compra de novos equipamentos para melhoria da qualidade na expansão das redes, em sistemas de atendimento aos consumidores, no combate a furtos e fraudes no sistema de forma geral, bem como no treinamento de pessoal e na conscientização da população sobre cuidados com a rede elétrica e com uso eficiente da energia.

Em relação a 2016, o total de investimentos cresceu 16,67% e, na comparação com os últimos dez anos, o crescimento foi de 85%.

O setor de distribuição de energia elétrica está muito próximo de alcançar a meta da universalização, atendendo 99,8% dos domicílios brasileiros.

Distribuidoras preparam-se para grandes investimentos em tecnologias disruptivas

O mercado de distribuição de energia brasileiro está em expansão e promete receber ainda mais investimentos a partir deste ano, principalmente devido à retomada da economia. A atenção das distribuidoras está voltada a inovações como robotização, redes inteligentes, mobilidade elétrica, geração distribuída, entre outras que estão transformando a visão e atuação do setor.

“Essas inovações otimizam processos de operação e de gestão das redes elétricas e vêm impulsionando novidades do setor”, disse Vilmar Teixeira, gestor executivo de excelência ao cliente da EDP.

A EDP irá sediar a próxima edição do Sendi, que acontecerá no Espírito Santo. E, como anfitriã, mostrará toda a sua expertise nas áreas em que se destaca, como inovação, robotização e mobilidade elétrica. Tendo em mente o princípio número 1 da Cultura EDP: A vida sempre em primeiro lugar, a temática da segurança também deve permear todo o evento.

“Acreditamos em uma agenda de transformação do setor e, com base nos investimentos já realizados pela companhia no Brasil, a expectativa é dobrar sua escala em um horizonte de três a cinco anos. Em distribuição, estão previstos cerca de R$ 600 milhões anuais para a expansão e melhoria das redes das distribuidoras”, comentou Teixeira.

A empresa também possui um investimento anual de mais de R$ 25 milhões em inovação e novos projetos em diferentes áreas de atuação. Na visão da EDP, as tecnologias disruptivas, como descentralização, digitalização e descarbonização, estão sendo naturalmente incorporadas nos processos de criação do setor elétrico do futuro.

Também atentos na qualidade dos serviços prestados, a Coelba e o Grupo Neoenergia – controlador da empresa no Brasil – investem em tecnologia e modernização e estão se preparando para um avanço importante na qualidade do fornecimento.

“O avanço e o desenvolvimento de novas tecnologias, principalmente no que tange a automação, monitoramento e inteligência da rede, têm sido fundamental para atingir esses objetivos e será parte importante dos investimentos da empresa neste e nos próximos anos”, disse Thiago Bigi, superintendente de estratégia e planejamento energético do Grupo Neoenergia.

A digitalização tanto da rede como dos serviços prestados ao cliente também é um foco importante da Coelba e do grupo Neoenergia. A empresa aposta cada vez mais em tecnologias que permitam o restabelecimento automático das redes e seu monitoramento, permitindo por um lado que o restabelecimento de energia em situações críticas seja cada vez mais rápido, e por outro garantindo informação precisa e confiável aos clientes, por meio de canais de atendimento mais simples e com o maior número possível de serviços oferecidos em plataformas digitais.

Thiago Bigi, superintendente de estratégia e planejamento energético do Grupo Neoenergia.

Com relação à mobilidade elétrica, a empresa acredita no potencial e crescimento do número de veículos elétricos no Brasil nos próximos anos e tem contado com a expertise global do grupo Iberdrola, principal acionista da Neoenergia, de forma a contribuir com a evolução da regulação do tema e também na avaliação de tecnologias para aplicação no Brasil.

O Grupo também acredita que a geração distribuída terá um papel cada vez mais importante para o suprimento da rede e estará cada vez mais acessível para o público em geral. “Entendemos que as distribuidoras de energia têm um papel fundamental neste processo por sua capacidade de conectar e gerir estes recursos energéticos distribuídos de forma a integrá-los na rede elétrica e garantir o seu melhor aproveitamento e uso. Com relação à descarbonização, acreditamos que a melhor forma de atingirmos os objetivos globais de redução da emissão de CO2 passa invariavelmente pela eletrificação da economia, já que o setor elétrico desenvolveu ao longo do tempo a capacidade de gerar energia limpa e segura por meio de fontes renováveis como, por exemplo, a eólica e solar”, comentou.

Também se antecipando às necessidades dos clientes diante das novas tendências, a CPFL Energia vai investir, em 2019, R$ 1,9 bilhão em distribuição, incluindo investimentos em digitalização, automação, geração distribuída, carro elétrico, painéis fotovoltaicos, armazenamento, entre outros.

“A rede de distribuição será a grande plataforma que vai conectar todas essas tecnologias diferentes, tornando o futuro do setor promissor”, disse Rafael Lazzaretti, diretor de estratégia e inovação da CPFL Energia.

A companhia compartilha da mesma opinião da Coelba e o Grupo Neoenergia, acreditando que, de todas as tendências, a que está em maior evidência é a geração distribuída. Neste segmento, a CPFL investiu na instalação de 231 sistemas geradores fotovoltaicos em diferentes perfis de consumidores (residencial, comercial e industrial) no Distrito de Barão Geraldo, em Campinas, para analisar os impactos causados pela geração distribuída fotovoltaica na rede elétrica. Além disso, a companhia conta com o projeto P&D para construir a primeira usina solar do Estado de São Paulo, na subestação Tanquinho, em Campinas.

Outro projeto em andamento é o de telemedição com a adoção de sistemas que permitem a coleta remota de informações relacionadas ao consumo de energia dos clientes da distribuição, implantado primeiramente em clientes do Grupo A (grandes clientes que recebem energia em média e alta tensão como shoppings centers e indústrias, por exemplo).

Em relação à mobilidade elétrica, a companhia tem o projeto Emotive, como objetivo de constituir um Laboratório Real de Mobilidade Elétrica na Região Metropolitana de Campinas para aprofundar os impactos reais dos veículos elétricos para o setor.

A companhia também desenvolve pesquisa para analisar os impactos da inserção e utilização de sistemas de armazenamento de energia (como baterias) em toda a cadeia do sistema elétrico, da geração até o cliente final.

Neste ano, a CPFL Energia também pretende fazer uma nova rodada do programa de aceleração de startups que estreou no ano passado e gerou negócios ao redor de R$ 6 milhões em desenvolvimento de projetos com as empresas selecionadas. A iniciativa, realizada em parceria com a Endeavor, faz parte da estratégia de criação de uma plataforma de inovação aberta com foco na aproximação de startups e scale-ups e na prospecção de novos produtos e serviços voltados para o mercado de energia elétrica. “Foi bem bacana para entendermos as tendências e acabou viabilizando diversos projetos”, comentou Lazzaretti.

“Neste momento de saída de crise, o segmento tem atraído novos investimentos, tornando o setor ainda mais competitivo. Esse movimento tem sido percebido desde o ano passado, com a privatização de grandes empresas”, disse. Em relação à regulação, Lazzaretti afirmou que sempre há alguns pontos para serem ajustados na medida em que o setor vai evoluindo com as novas tecnologias e o avanço das fontes renováveis de energia.

Na questão de investimentos em inovação, a Copel também já tem diversos projetos em andamento. Dentro do conceito de digitalização e smart grid, a empresa concluiu em dezembro de 2018 o projeto de automatização das redes de distribuição da cidade de Ipiranga, a 70 km de Ponta Grossa. Trata-se da primeira cidade do Brasil a ser totalmente automatizada, incluindo 5,1 mil pontos urbanos e rurais. A iniciativa abre campo para explorar também projetos de Smart City.

“A Copel investe em projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação para preparar seu sistema elétrico para esta grande revolução, que certamente refletirá em aumento de demanda sobre o sistema de distribuição”, disse Antonio Sergio Guetter, diretor de distribuição da Copel.

Segundo Guetter, a digitalização se firma como uma forte tendência, em decorrência da aplicação em escala do conceito de “Smart Grid”, e da necessidade de melhoria da eficiência operacional. Sua regulação também está madura, bem como a cadeia de fornecedores de equipamentos e sistemas.

Outro destaque, segundo Guetter, é o projeto Smart Copel, um novo conceito de centro de controle da distribuição, integrado com os serviços de despacho e gestão da medição, que capacitará a Copel Distribuição a ações de refinamento da manutenção preditiva, gestão dos recursos energéticos distribuídos e gerenciamento pelo lado da demanda.

Guetter ainda destaca avanços no segmento com a aproximação e diálogo dos agentes do setor com o governo através do Ministério de Minas e Energia. “Merecem destaque iniciativas do órgão regulador para resolver a sobrecontratação de energia decorrente da forte onda de migrações de consumidores para o mercado livre nos últimos anos, uma questão sensível para as distribuidoras de energia. Um avanço neste sentido pode ser ilustrado pela recente regulamentação do Mecanismo de Venda de Excedentes de Energia pelas distribuidoras”, ressaltou.

Também preparada para as mudanças do setor, a Enel no Brasil tem programado para o período 2019 a 2021, o investimento de EU 4 bilhões no Brasil, dos quais 2,2 bilhões serão destinados à distribuição.

Segundo Nicola Cotugno, country manager da Enel do Brasil, a companhia vai seguir consolidando sua atuação nos Estados do Rio, Ceará e Goiás, e integrar a nova empresa (a Enel Distribuição São Paulo) ao Grupo Enel. Em ambos os casos, a prioridade é a modernização da rede elétrica, com foco em tecnologias de digitalização.

Com a aquisição da distribuidora em São Paulo, a Enel se tornou a maior operadora de distribuição do País, com 17 milhões de clientes, e uma participação de mercado de mais de 20% no segmento. Atualmente, o Brasil é o segundo maior mercado de distribuição da Enel no mundo – o primeiro é a Itália.

“Nossa expectativa é que o País siga avançando em discussões importantes para aperfeiçoar algumas questões, como o reconhecimento dos investimentos das distribuidoras em digitalização (smart meters) e um entendimento mais profundo das diferenças regionais entre as concessões, que causam impacto na operação das empresas, como é o caso, no Estado do Rio, do aumento expressivo de áreas em que as concessionárias não conseguem atuar plenamente em razão da violência”, destacou Cotugno.

Cotugno acredita que a automação das redes talvez seja o que há de mais relevante e concreto no momento. “Na Enel, temos investindo para melhorar a qualidade do serviço com a instalação de equipamentos de telecontrole. O telecontrole permite que a distribuidora identifique e isole, mais agilmente e de forma remota, falhas ocorridas na rede. Em casos de interrupção no fornecimento, é possível minimizar os impactos, reduzindo o número de clientes afetados graças a uma maior seletividade da rede”, explicou

Segundo Nicola Cotugno, country manager da Enel do Brasil.

A inovação é um dos principais enfoques estratégicos e operacionais da Enel e o caminho que tem possibilitado ao Grupo liderar mundialmente este processo de transição energética. No Brasil, a Enel investe em digitalização das redes de distribuição para melhorar a confiabilidade e a estabilidade do serviço. Tem participado de discussões com o órgão regulador do setor e contribuído, junto com outros agentes, para aperfeiçoar a regulação e avançar ainda mais na digitalização. O uso de smart meters em larga escala é um dos exemplos do que podem fazer com estes avanços regulatórios. “No caso da mobilidade elétrica, atuamos neste mercado por meio da Enel X, linha de negócios global da Enel dedicada ao desenvolvimento de produtos inovadores e soluções digitais, ajudando a fomentar a mobilidade elétrica nas grandes metrópoles”, disse.

A companhia também vai reforçar, no Estado de São Paulo, sua linha de negócios de Trading, com a comercialização de energia no mercado livre. “Em 2018, nosso volume de energia comercializada quadruplicou e nossa carteira de clientes no mercado livre dobrou, em comparação com o ano anterior. Por isso, continuaremos atuando fortemente neste mercado, também em São Paulo, focando cada vez mais em contratos de longo prazo”, comentou.

Outro grande projeto é a construção no Estado do Piauí do maior parque solar atualmente em construção na América do Sul, um projeto que representa como a Enel atua em diferentes segmentos do setor elétrico, contribuindo para tornar o mix de geração de energia no Brasil ainda mais limpo e diversificado, por meio da expansão da energia solar e eólica.

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