Objetivo do artigo
O objetivo da coluna deste mês é apresentar a solução para problemas de sobretensão quando da energização de linhas de transmissão.
Efeito Ferranti
Em nossa coluna onde apresentamos o tema de ondas viajantes, algumas edições atrás, mostrou-se que ao energizar uma linha de transmissão aberta no seu terminal de carga, aparecem sobretensões dobradas, de alta frequência (ondas viajantes). Esse fenômeno é conhecido como Efeito Ferranti.
Como uma solução pode-se utilizar o PIR (Pre-Insertion Resistor), em português, resistor de pré-inserção.
A Figura 1 mostra o PIR (resistor de pré-inserção) em um disjuntor de dupla-câmara.
Figura 1 – PIR (resistor de pré-inserção) em um disjuntor de dupla-câmara.
Teoria do resistor de pré-inserção
A Figura 2 mostra o circuito com a inserção do resistor.
Figura 2 – Circuito mostrando o Resistor de Pré-Inserção (PIR) em série com a impedância de surto da linha de transmissão.
A teoria nos diz que ao se energizar a linha de transmissão, a onda viajante trafega pela impedância de surto da LT promovendo a duplicação do valor da tensão.
Assim, a ideia é inserir uma resistência de pré-inserção R, cujo valor deve “casar” com a impedância de surto (ZS_LT), pois aí a tensão que atingiria o terminal aberto da linha seria metade. O dobro da metade daria a própria tensão da fonte.

Sobre o autor:
Cláudio Mardegan é CEO da EngePower Engenharia, Membro Sênior do IEEE, Membro do Cigrè | [email protected]