O desencanto toma o moral da tropa, enquanto alguns bravos tentam levar a coisa com dignidade, encontram pelo caminho sorrateiros inimigos em franca negociação. Não há como botar o nosso País nos trilhos sem uma dose de sacrifício coletivo e ajuste de contas. Os ovos devem ser quebrados. Os indicadores econômicos na contramão neste final de maio indicam a estagnação dos projetos enquanto as reformas não chegam.
Naturalmente, os cortes de verbas têm que ser feitos como o seriam em qualquer empresa privada em que a conta não pode ser menor que zero; agora, elegantemente tratado por contingenciamento. O tema da verba da educação das universidades federais expõe mais ainda algumas mazelas e baixarias de todos os lados. Não bastasse isso, observa-se um cenário internacional pouco promissor, com as constantes rugas dos ianques com os chineses e iranianos que podem empelotar ainda mais o nosso angu de cada dia – e que ele não falte!
Bom mesmo é acompanhar alguns bons nichos de economia no Brasil que insistem em continuar produzindo e buscando crescimento. Parabéns a eles; pena que a agricultura (já bem mecanizada) emprega pouca mão de obra. A “pegada” de tecnologia, indústria 4.0, IoT e outros sinaliza claramente para a necessária especialização de nossa mão de obra. É hora de reciclar nossas equipes.
A turma do CINASE voltou da lindíssima Floripa com gosto de quero mais. O evento de maio foi espetacular e superou as expectativas. Mais uma etapa de sucesso, que será certamente repetido em Belo Horizonte. Sempre é hora de esperar por uma virada, que ela venha rápida com a vitória, e que os custos tratados e ajustados sejam só aqueles que precisam ser equilibrados. Que desta vez, os bolsos dos negociadores não sejam contaminados com desvios de cursos e recursos; será que dá?
José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do Deinfra-Fiesp e da SBQEE. É consultor da revista O Setor Elétrico