Complexo de vira-lata

Quando o Brasil perdeu a copa do mundo de 1950, o então dramaturgo e escritor Nelson Rodrigues cunhou a expressão “Complexo de vira-lata”, porém, ele não se limitou ao futebol. Nas palavras dele: “por ‘complexo de vira-lata’ entendo eu a inferioridade em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo”.

Muitos anos depois e com muitas Copas do Mundo realizadas, podemos perceber como Nelson Rodrigues estava certo. O Brasil, no decorrer dos anos, foi o primeiro a ser consagrado tricampeão, tetracampeão e pentacampeão e, apesar da última derrota para Alemanha (2014 – Brasil), é o único que pode ser consagrado hexacampeão na próxima Copa do Mundo (2018 – Rússia). Podemos afirmar que não havia nada errado com o nosso futebol em 1950, apesar de todo sentimento de inferioridade percebido pelo dramaturgo na época que motivou a criação da famosa frase.

Além do futebol, o Brasil também apresenta excelência em algumas áreas, tais como: arquitetura, agricultura, gastronomia, jiu-jitsu, música e outras artes. Sendo que muitas vezes qualquer revés nestas áreas é percebido rapidamente o “complexo de vira-lata”.

Acreditar que não devemos ter redes subterrâneas em nosso país e conviver aceitando com normalidade nosso absurdo DEC (duração equivalente de interrupção) de mais de 15 horas sem energia e nosso FEC (frequência equivalente de interrupção) com mais de dez vezes de interrupções no ano – enquanto a nossa arquirrival no futebol, a Alemanha, que possui mais de 80% de sua rede na forma subterrânea com um DEC de 20 minutos e a França com sua extensa redes subterrâneas com FEC de 0,7 – é acreditar que somos inferiores, menores, lembrando o “complexo de vira-lata”, de Nelson Rodrigues.

A história mostra que todos os mundiais de futebol que conquistamos foi resultado de muito planeamento, treino, estratégia e estudo. Para também sermos campeões como nação, devemos atuar em diversas áreas e as redes subterrâneas de energia ajudam muito.

Quando não falta energia na sala de aula, as redes subterrâneas ajudam na educação. Quando um médico não tem a cirurgia interrompida por falta de energia, as redes subterrâneas contribuem na saúde. Quando as máquinas das fábricas funcionam sem paradas não programadas, as redes subterrâneas cooperam na melhoria da produtividade. Quando os sistemas semafóricos das cidades funcionam em dias de chuva, deixando o trânsito fluir, as redes subterrâneas colaboram com o meio ambiente na menor emissão de dióxido de carbono (CO2) pelos carros.

Podemos nos inspirar como nação na nossa magnífica recuperação após a famigerada Copa de 1950, onde ano após ano, fomos conquistando e mostrando ao mundo nosso valor e alcançamos o título de “Potência mundial do futebol”. Com a receita do futebol (muito planeamento, treino, estratégia e estudo) e trabalhando fortemente, podemos melhorar nossa vida hoje e para as futuras gerações, como brasileiros que têm orgulho em todas as áreas, inclusive no futebol.

Livres de qualquer sentimento de inferioridade, podemos e devemos aprender com os erros e acertos dos países desenvolvidos na implementação e manutenção das redes subterrâneas, seguindo padrões mundiais de boas práticas estabelecidas em normas e comitês internacionais (CIGRÉ, IEC, IEEE), fazendo nosso melhor inspirado pelas nossas seleções brasileiras de futebol de 1958, 1962, 1970, 1998 e 2002 e, quem sabe, a de 2018. Torcida não vai faltar!

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