2015 – O ano que não acabou

Edição 119 – Dezembro de 2015
Por José Starosta – Consultor Técnico

Cá estamos ao final e, ao contrário dos outros anos, não há razões para fazer balanço, uma vez que todos nós sabemos que, simplesmente, é o calendário que muda, as energias continuam as mesmas. Nosso otimismo, desta vez, não se concentra na mágica virada de 31 de dezembro, mas quando, afinal, novos projetos sérios entrarão para dentro de nossas fronteiras. O protesto dos preocupados e indignados “azuis” contra os corporativistas “vermelhos” e a patética resposta destes não parece que vai nos levar a lugar algum.

O país precisa de uma economia organizada, que vinha sendo tentada pelo Seu Joaquim, que agora, ao final de dezembro, está de partida. Parecia ser o último ser pensante do Planalto com objetivos verdadeiramente de interesse público a cumprir (leio nestes dias que a principal causa da crise seria as investigações e não os fatos geradores destas, terrível!).

Aqueles que tentam tocar suas empresas e, claro, pagar seus impostos, dependem lamentavelmente dos rumos da economia e dos investimentos em projetos e estes, por sua vez, dependem do rumo político do país, que ficará parado em janeiro, já que “ninguém é de ferro”. Então, mais um mês sem novidades e, pior, sem futebol. Às vezes, a sensação que se tem é que a turma que deveria tocar o Brasil para frente nunca trabalhou em algo verdadeiramente produtivo e que prazo é um mero detalhe. Nosso PIB vai para baixo do cobertor cada vez mais encolhido, sem expectativas de reação, nossa moral vai no mesmo caminho e sobreviver tornou-se um ato de risco e mesmo de escárnio por estas bandas. Falando em banda, vamos ter de esperar o carnaval passar já logo na segunda semana de fevereiro, mesmo porque nossas próprias “bandas” já estão na janela há um bom tempo. Não temos pressa, temos só de pagar mais impostos. Fico imaginando qual será a moeda de troca da futura CPMF que vamos ter de engolir ao melhor estilo “Zagalês”.

De bom, temos as conclusões do COP 21 que se realizou na sofrida Paris (depois de mais uma barbárie fundamentalista) como um alento à redução das emissões de combustíveis fósseis na busca pela redução do aquecimento global. Grandes investimentos (US$ 100 bilhões anuais) surgem como força para bons projetos que poderão ainda alavancar o segmento de eficiência energética e fontes renováveis nos países em desenvolvimento. Claro, esperamos que os investimentos que nos couberem sejam utilizados com competência técnica e que fiquem livres dos habituais usurpadores. Aliás, poderíamos incluir em nossas orações neste final de ano:

“Livrai-nos dos usurpadores, corruptos, vagabundos e tudo mais”, sejam eles azuis ou vermelhos: “venomar amén”.

Eng. José Starosta
Consultor da revista O Setor Elétrico
[email protected]

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