Bandeiras tarifárias podem elevar conta de energia e pressionar inflação a partir de maio

Armor Energia projeta o acionamento da bandeira amarela em maio e da vermelha em junho, o que deve elevar o custo da energia e pressionar a inflação

Embora as tarifas de energia elétrica não devam sofrer impacto do sistema de bandeiras em abril, a previsão é de que, a partir de maio, o cenário comece a mudar. “A projeção é de que a bandeira amarela entre em vigor em maio, com possibilidade de bandeira vermelha a partir de junho”, explica Fred Menezes, diretor-executivo da Armor Energia, comercializadora e hub de negócios.

Apesar do início do ano chuvoso, a segunda quinzena de fevereiro e o começo de março geraram expectativas negativas no mercado de energia quanto ao final do período úmido. Além disso, mudanças no modelo de cálculo do preço da energia, com ajustes no CVAR (um parâmetro para ajustar a reserva energética) e no Newavehíbridos (modelo que integra diferentes fontes de energia), aumentaram a sensibilidade do modelo, tornando-o mais conservador quanto aos preços.

A bandeira amarela acrescenta R$ 1,885 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, representando um aumento de cerca de 3% sobre o custo da bandeira verde. Caso a bandeira vermelha seja acionada no patamar 2, o acréscimo pode chegar a R$ 7,877 a cada 100 kWh.

O aumento no custo da energia tem impacto duplo, direto e indireto, nos índices de inflação, afetando o poder de compra da população, especialmente das famílias de menor renda. “A tarifa de energia elétrica é uma das componentes do grupo Habitação do IPCA, um dos que mais pesam no índice”, explica Menezes. “Mas o aumento da conta de luz também influencia setores como alimentos e bebidas, que dependem de refrigeração; e outros como serviços, saúde, comunicação, por exemplo, que acabam repassando para o consumidor o custo operacional que eles têm com energia”, destaca o executivo.

Este ano, o impacto foi representativo: em fevereiro, foi observada uma aceleração da inflação, com a energia elétrica residencial sendo um dos principais responsáveis. O custo da energia aumentou 16,80%, após o fim do Bônus de Itaipu (um “desconto” concedido nas contas de luz em janeiro), impactando diretamente o índice e contribuindo com 0,56 ponto percentual para o resultado do mês.

Por outro lado, Fred Menezes destaca que o aumento das tarifas pode incentivar a migração para o mercado livre de energia, um ambiente mais competitivo, disponível atualmente para consumidores conectados em alta e média tensão, como empresas de serviços, comércios e indústrias. Neste caso, há alternativas com preços mais vantajosos.

“Embora o aumento das tarifas seja um desafio, também pode ser uma oportunidade para os consumidores migrarem para o mercado livre de energia, onde a competição pode resultar em preços mais baixos e condições mais vantajosas. A mudança no comportamento do consumidor contribui para um mercado mais eficiente e equilibrado”, conclui Menezes.

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