Edição 49, Fevereiro de 2010
Por Dica extraída do guia “Soluções em eficiência energética”, produzido pela Schneider Electric.
O protocolo de Kyoto foi o início do estabelecimento de objetivos quantitativos e uma agenda relativa à redução das emissões de CO2 com compromissos claros dos governos. Muitos países atenderam a essas medidas e foram além, aceitando cumprir também as recomendações do Grupo Intergovernamental de Especialistas em Evolução do Clima (GIEEC) definidas na Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCC), a fim de estabilizar o nível de concentração de CO2.
A União Europeia é um bom exemplo, visto que em março de 2007 fixou o objetivo de atingir o conhecido 3×20 até 2020. Trata-se de redução de 20% de emissão de CO2, melhoria de 20% na eficiência energética e obtenção de 20% de energia renovável. Alguns países europeus planejam um compromisso de até 50% para 2050, o que demonstra que o panorama e as políticas de eficiência energética estarão presentes durante um longo período de tempo.
No mundo todo, regulamentações e legislações reforçam acordos das partes interessadas e esquemas fiscais e financeiros são aplicados. No Brasil, são exemplo disso o Plano Nacional de Eficiência Energética, o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) e o Programa de Etiquetagem de Eficiência Energética de Edificações
Todos os setores estão envolvidos e o impacto das regulações atinge não apenas as novas instalações e construções, mas também os edifícios existentes, o setor industrial e a infraestrutura. Paralelamente com a padronização, surgem diversas novas normas e outras já estão em andamento.
Em edificações, indústrias e comércio, todos os usos da energia influem: iluminação, ventilação, aquecimento e ar-condicionado. Algumas dicas podem ser simples e muito interessantes para contribuir com a eficiência energética.
Tabela 1 – Grande potencial de economia com lâmpadas que são deixadas acesas inutilmente
Fonte: Cardonnel Consultant
Tabela 2 – Solução de controle e redução de consumo
Fonte: Associação de iluminação francesa
Controle de motores com inversores de frequência
Em uma instalação convencional de bombeamento e ventilação, o motor elétrico recebe diretamente a alimentação da linha de distribuição e funciona em velocidade nominal. Com um inversor de frequência entre o disjuntor e o motor, a economia de eletricidade pode atingir entre 15% e 50%, dependendo da instalação. O retorno do investimento geralmente é muito rápido, entre 9 e 24 meses.
Controle de iluminação – até 30% de economia
Iluminação consome 25% de toda a energia no Brasil e 19% de toda a eletricidade produzida no mundo, segundo dados da Eletrobrás e da Agência Internacional de Energia (IEA). Mudar as lâmpadas antigas por lâmpadas econômicas é um primeiro passo, que deve ser complementado pelo uso de equipamentos eficientes que ligam ou desligam as lâmpadas quando for necessário e que isso seja adaptado para funcionar de acordo com a ocupação do ambiente e/ou claridade natural.
Qualidade de potência e redução de perdas – até 10%
Na seguinte análise:
Alimentação por um transformador de 1000 kVAr, com fator de potência de 0,8
Energia reativa faturada: 10% da quantidade total da conta de energia elétrica
A solução instalada foi aplicação de capacitores de 250 kVAr e fator de potência mantido acima do limite de faturamento (0,92), o que equivale a:
-10% na conta de energia elétrica
+15% de potência adicional disponível
Gráfico 1 – O exemplo permite que um banco deixe de pagar pela energia reativa e aumente a potência disponível real.
A – Desconexão de capacitores de 15 kVAr
B – Desconexão de capacitores de 3 kVAr
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