A importância de supervisionar a resistência de aterramento contínuo para se instalar no QGBT

Edição 122 – Março de 2016
Dicas de instalação: Acessórios
Por Ricardo Purisch e Gustavo Bueno*

O principal objetivo deste artigo é explicar aos engenheiros e instaladores as novas tecnologias de supervisão contínua de resistências de aterramento em quadros elétricos. Estes equipamentos permitem verificar quando é necessário realizar uma manutenção do aterramento da instalação.

 

Estes produtos têm como objetivo eliminar as manutenções preventivas, passando a executar somente as manutenções corretivas, gerando uma economia de grande valor ao cliente, além de garantir sempre o correto funcionamento das diferentes proteções contra surtos existentes, já que sem um perfeito sistema de aterramento, dentro dos valores estipulados, estas proteções não funcionarão corretamente. Acreditamos que esta filosofia de monitoração será uma revolução no setor.

 

O aterramento dos equipamentos eletrônicos adquiriu grande importância e interesse em nossos dias face à fenomenal escalada destes dispositivos não só na indústria, mas, praticamente, em todas as áreas e atividades humanas. É neste contexto que os sistemas de aterramento ganham importância, tendo em vista que eles representam um meio importante, mas não único, de controlar as sobretensões que podem atingir os equipamentos eletrônicos.

 

O objetivo de um aterramento é sempre estabelecer, nos sistemas a ele conectados, um mesmo potencial comum de referência, no caso, o da terra, admitido como potencial zero.

 

Mas, além desta finalidade de oferecer segurança contra choque elétrico àqueles que utilizam aparelhos elétricos, o aterramento tem outras finalidades importantes, como proporcionar melho0r performance à operação de sistemas elétricos, definir valores de tensão em relação à terra, bem como dissipar a energia de descargas elétricas atmosféricas.

 

A problemática atual

 

Apesar de os sistemas de aterramento serem de vital importância para o correto funcionamento das proteções existentes em uma instalação elétrica, uma vez instalados, dificilmente passam por inspeções preventivas periódicas, conforme recomenda a ABNT NBR 5410.

 

Os aterramentos são constituídos principalmente de cobre. Atualmente, devido ao preço deste metal, as instalações dotadas de grandes malhas de aterramento são objetos de roubo, tendo como consequência instalações totalmente desprotegidas até a próxima inspeção, se esta existir. Outro fator importante é o desgaste por corrosão, em sua grande maioria, causado por um par galvânico criado no terreno ou pela existência de uma proteção catódica ou mesmo pela existência de fissuras nas hastes ocasionadas no momento de sua instalação pela existência de pedras ou elementos de grande dureza.

 

Dado que na, maioria das vezes, é impossível verificar o seu correto funcionamento sem uma inspeção e as empresas não possuem o hábito de investir em manutenção, é comum encontrar situações críticas passiveis de serem evitadas.

 

Estatísticas

 

No Brasil, não existem estatísticas atualizadas quanto a acidentes com a rede elétrica. Sabe-se que, nos Estados Unidos, cerca de cinco mil pessoas chegam anualmente aos prontos-socorros vitimados por choques elétricos e, aproximadamente, mil casos fatais são creditados anualmente a este fator.

 

Com a evolução da informática e dos modernos equipamentos que facilitam a vida moderna, o mau uso da eletricidade, as condições precárias das instalações na maioria das residências e um número mínimo de casas e apartamentos que são dotados das condições ideais de aterramento aumentam os riscos.

 

Dados da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel) mostram que em 2014 houve um aumento de 17,7% no número total de acidentes envolvendo eletricidade em relação ao ano anterior. Só nos casos de fatalidade provocada por choque elétrico, o índice subiu mais de 6%, ou seja, em 2013 ocorreram 592 casos de acidentes fatais com eletricidade, número que subiu para 627 em 2014.

 

Entre incêndios, os dados do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo mostram que, das ocorrências para as quais a corporação é acionada e naquelas em que é possível descobrir a origem real, as causas elétricas representam a segunda contribuição mais importante. A primeira diz respeito às causas desconhecidas.

 

Como evitar a existência de um sistema de aterramento deficiente?

 

A resistência de aterramento é vital para assegurar uma correta e segura via de descarga de correntes provocadas pelas sobretensoes transitórias.

 

Apesar de a ABNT NBR 5419 recomendar uma inspeção preventiva periódica, a instalação de um produto que verifica o estado do aterramento em tempo real e ativa um sistema de alarme em caso de uma instalação e defeituosa ou que tenha se desgastado, garante um nível muito mais elevado de confiabilidade ao sistema, uma vez que muitas proteções somente funcionam quando conectados a um aterramento adequado.

 

Estes dispositivos são geralmente encontrados nas tensões de 120 V e 230 V e para sistemas de neutro TT, TNS e TNC-S.

 

Para os diferentes regimes de neutro, haverá diferentes ligações, com seus respectivos alarmes, a serem ativadas em decorrência de situações, como:

 

  • Rompimento ou má conexão do cabo de terra da instalação;
  • Rompimento ou má conexão do cabo de terra do Centro de Transformação (a conexão do neutro à terra);
  • Deterioramento da conexão de aterramento da instalação pelo envelhecimento das hastes, roubo, ou aumento da resistividade do terreno em épocas secas;
  • Deterioramento da conexão da terra do centro de transformação;
  • Rompimento ou má conexão do cabo de neutro da instalação;
  • Rompimento ou má conexão do cabo de neutro da instalação, desde o ponto de separação entre o condutor de neutro (N) e o de terra (PE).
  • Rompimento ou mau conexão entre cabo de terra e o de neutro.

 

 

 

 

 

 


 

*Ricardo Purisch é gerente de exportação da Mersen Brasil.

*Gustavo Bueno é Key Account Manager da Mersen Brasil.

 

 

 


 

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