A hora do equilíbrio

Edição 121 – Fevereiro de 2016
Por José Starosta – Consultor Técnico

Em primeira análise seria claro compreender que devemos “ser de circo” para viver em uma situação destas, praticando todos os exercícios de um equilibrista, incluindo aquela derivação de ficar rodando dez pratos simultaneamente, de forma honesta e convencional.

Nesse instante, para os simples mortais, a capacidade de equilibrista deve ser estendida aos planos profissionais e pessoais, nas contas das empresas e mesmo em nossas vidas pessoais, senão o caldo entorna. Um desafio para poucos, que alia expectativas, projeções, experiência, capacidade administrativa e talvez até um pouco de sorte.

Algumas questões relevantes chamam a atenção, especificamente aquela relacionada à qualidade de nossas equipes técnicas, sejam elas de engenharia, de produção de fabrica, de instalação, manutenção, projeto e outras. Empresas investem na formação desta mão de obra por anos, diversos programas são implantados; quanto se investiu nisso? Aqueles com sangue frio e um pouco de reserva e fundamentalmente esperança em dias menos cinzentos seguram a turma, promovendo ainda mais treinamento nas horas de baixa de serviço, mas e quando a conta não fecha? Será que estaremos vivos quando o furacão passar? E então o que faremos? Como?

A mesma atitude seria esperada daqueles que gerem as contas publicas, que já não fecha há muito tempo.  As contas públicas são sustentadas pelos nossos impostos, que diminuíram pois deixamos de faturar… (claro que não vale a pena continuar a comentar este sórdido ciclo). Mas não é o que está acontecendo. Informações decorrentes do anuncio dos ministérios da Fazenda e Planejamento sobre um contingenciamento de mais de R$ 23 bilhões para 2016, e que, segundo a Fiesp, pode chegar a R$ 60 bilhões, devido aos modelos de tolerância propostos, nos sinalizam que a crise só será sentida por aqueles que efetivamente pagam os impostos. Ainda, o fantasma da CPMF continua a rondar nossas cabeças e bolsos e a turma do Planalto conta com mais esta mordida em seus cofres.

Temos diversas saídas, fundamentalmente por estarmos em um país que carece de tudo, notadamente, o incremento de nossa sofrida infraestrutura, permeada por estádios de futebol (que enriqueceram muitos), mas sem estradas de ferro, metro, estradas e aeroportos. Nossa engenharia nacional e a cadeia de que dela depende tem muito a fazer (aqueles que sobreviverem).  Por outro lado, devido ao imbróglio causado pela prática da corrupção sistemática e inserção de quadrilhas nos cargos e nas empresas publicas, temos que esperar a justiça resolver o que fazer, dando ao Brasil um novo destino, quiçá com governantes competentes que saibam como e o que fazer. Estamos em um hiato que quanto mais demorar menor será à distância até o fundo do poço. Giremos nossos pratos com competência e vigilância, os ventos não ajudam e podem derrubá-los. Sorte para nós, com saúde, sabedoria e segurança!

Eng. José Starosta
Consultor da revista O Setor Elétrico
[email protected]

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